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Oriente Médio

Moussavi seguirá oposição a Ahmadinejad por "vias legais"

7 jul 2009 - 12h15
(atualizado às 12h22)
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O dirigente opositor iraniano Mir Hossein Moussavi, derrotado nas últimas eleições presidenciais, disse que continuará protestando por "vias legais" e insistiu que o novo mandato de Mahmoud Ahmadinejad "carece de legitimidade".

Manifestantes queimam carro durante ato de apoio ao candidato Mir Hossein Mousavi, em Teerã
Manifestantes queimam carro durante ato de apoio ao candidato Mir Hossein Mousavi, em Teerã
Foto: AP

Em encontro ontem à noite com outras duas grandes figuras do reformismo iraniano, o ex-presidente Mohamad Khatami e o ex- presidente do Parlamento e também candidato derrotado Mehdi Karubi, o ex-premiê alertou novamente que o polêmico resultado eleitoral "ameaça os pilares do regime".

"Devemos realizar tudo o que estiver ao nosso alcance para prosseguir com nosso movimento de oposição, embora sempre dentro dos canais legais. Deve ser um trabalho em equipe e bem organizado", disse Moussavi, citado pela imprensa local.

O Irã foi palco de protestos nas últimas semanas diante da polêmica reeleição de Ahmadinejad, considerada fraudulenta pela oposição. Pelo menos 20 pessoas morreram, segundo números oficiais, e outras milhares acabaram detidas.

O resultado trouxe à tona as divergências no regime teocrático dos aiatolás após 30 anos de revolução islâmica.

Na segunda-feira, clérigos e políticos reformistas iranianos pediram ao ex-premiê que lidere uma plataforma política para continuar o protesto ao polêmico resultado eleitoral.

A Organização dos Mujahedin da Revolução Islâmica, uma das principais plataformas reformistas, também pediu ao ex-primeiro-ministro que forme um partido político para defender suas alegações.

Moussavi publicou uma lista de irregularidades que teriam favorecido a inesperada reeleição de Ahmadinejad por uma surpreendente maioria absoluta. Apesar das ameaças de parte do regime, ele anunciou que não reconhecerá a legitimidade do próximo governo.

As alegações do dirigente da oposição são apoiadas por diversas associações civis e religiosas favoráveis à reforma no Irã.

O líder supremo da revolução, aiatolá Ali Khamenei, defendeu o triunfo de Ahmadinejad e admitiu esta situação na segunda, mas pediu aos iranianos que se mantenham unidos e saibam distinguir amigos e inimigos.

EFE   
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