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Economias podem encolher por causa de escassez de água, diz Banco Mundial

3 mai 2016 - 19h02
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Por Sebastien Malo

NOVA YORK (Fundação Thomson Reuters) - As economias de uma grande parte do mundo podem encolher drasticamente até a metade do século à medida que a água fresca se tornar cada vez mais escassa devido às mudanças climáticas, relatou o Banco Mundial nesta terça-feira.

O Oriente Médio pode ser a região mais atingida, com o seu produto interno bruto caindo até 14 por cento até 2050 se medidas não forem tomadas para realocar de forma significativa a água, disse um relatório da instituição com base em Washington.

Essas medidas incluem esforços por maior eficiência e investimentos em tecnologias como dessalinização e reciclagem de água, segundo o documento.

O aquecimento global pode provocar enchentes e secas extremas e pode substituir neve por chuva, com índices de evaporação mais altos, dizem os especialistas.

Ele também pode reduzir as neves de montanha que fornecem água, e o derretimentos de geleiras podem terminar com a fonte de derramamento, afirmam eles. Além disso, o aumento do nível do mar pode resultar na contaminação das águas subterrâneas por água salgada.

"Quando olhamos para os principais impactos das mudanças climáticas, eles, de uma forma ou de outra, se dão pela água, sejam eles seca, enchentes, tempestades, aumento do nível do mar”, declarou à imprensa Richard Damania, economista do Banco Mundial e principal autor do relatório.

A falta de água fresca pode prejudicar da agricultura ao setor de energia, disse o Banco Mundial.

"A água é claro está no centro da vida, mas está também no centro da atividade econômica”, afirmou Damania.

A falta de água não teria o mesmo impacto em todo o mundo, e as economias da Europa ocidental e da América do Norte seriam provavelmente poupadas, de acordo com as previsões do banco.

Contundo, economias emergentes como a China e a Índia podem ser bastante atingidas, disse a instituição.

No cinturão do Sahel, região que cruza a África abaixo do Saara, o PIB pode bem cair cerca de 11 por cento por causa da falta de água, afirmou o Banco Mundial. Um impacto parecido seria sentido na Ásia central.

No entanto, medidas para realocar água fresca poderiam representar ganhos em algumas regiões, afirmou a instituição.

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