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Mundo

Doenças de jovens de países ricos se espalham a nações pobres

24 abr 2012 - 15h14
(atualizado às 15h28)
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Obesidade, abuso de álcool e outros riscos associados ao estilo de vida que afetam os adolescentes do mundo desenvolvido se espalham rapidamente nos países mais pobres, revelou uma pesquisa publicada na edição de quarta-feira da revista médica The Lancet. "O mundo rico tem lutado contra a onda crescente de riscos trazidos por doenças não comunicáveis, incluindo problemas de obesidade, sedentarismo, e uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas", acrescentou.

"Esta onda agora está assolando muitos países de renda média e baixa, que ainda precisam adotar medidas para controlar problemas resultantes de ferimentos, doenças infecciosas e mortalidade materna entre seus jovens", destacou. A revista médica publicou um estudo sobre problemas de saúde com os quais se confronta o 1,8 bilhão de adolescentes no mundo, a maior proporção deste grupo etário da história da humanidade.

O estudo define este termo como os jovens com idades entre 10 e 24 anos, quando se considera que o cérebro alcançou a maturidade física.< Os riscos com os quais se confrontam os jovens são muitos, mas frequentemente são pouco entendidos e documentados, destacou a revista.

Entre eles estão as mortes provocadas por acidentes de trânsito, que são a principal causa única de morte entre adolescentes, por suicídio ou gravidez na adolescência, por doenças provocadas pelo vírus da Aids e abuso de substâncias.

Globalmente, a África do Sul tem as taxas mais elevadas de mortalidade registrada entre adolescentes. As mortes entre os adolescentes do sexo masculino neste país são oito vezes maiores do que em países ricos. Entre as meninas, a taxa é 30% maior.

Entre 27 países ricos estudados, a taxa de mortalidade mais elevada foi encontrada nos Estados Unidos, e se atribui sobretudo à violência e aos acidentes de trânsito, seguidos de Nova Zelândia e Portugal. O país mais seguro entre os ricos foi Cingapura, onde a taxa de mortalidade entre adolescentes foi apenas um terço da dos Estados Unidos, seguida de Holanda e Japão.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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