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Oriente Médio

Vários combatentes são mortos em conflitos no Líbano

2 jun 2013 - 09h16
(atualizado às 10h42)
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Vários combatentes foram mortos durante uma noite de conflitos entre homens do Hezbollah e forças rebeldes sírias em região do Líbano que faz fronteira com a Síria, disseram neste domingo fontes da área de segurança libanesa.

Uma fonte afirmou que 15 rebeldes foram mortos no combate, ao leste da cidade de Baalbek, no Vale do Bekaa, mas o número exato de mortos só ficará claro depois que os corpos forem retirados da remota área de fronteira. A mesma fonte disse que um combatente do Hezbollah também morreu.

O conflito sírio, que já dura dois anos, está cada vez mais atingindo o Líbano, gerando confrontos na cidade de Trípoli, ao mesmo tempo que foguetes alcançam o Vale do Bekaa e Beirute.

Combatentes do xiita Hezbollah, que dá apoio ao presidente Bashar al-Assad, aliado do Irã, lutam junto com o Exército sírio para expulsar os rebeldes da cidade fronteiriça síria de Qusair. Sunitas libaneses, por sua vez, se juntaram à revolta contra Assad no local.

Os últimos combates aconteceram perto de Ain el-Jaouze, um pedaço de território libanês que adentra o território sírio. As fontes disseram que os rebeldes podem ter sofrido uma emboscada quando preparavam foguetes para serem disparados contra o Vale do Bekaa.

Os rebeldes têm dito que farão ataques dentro do Líbano como resposta ao apoio do Hezbollah ao ataque de Assad em Qusair, ponto estratégico dos rebeldes para o fornecimento de armas e para receber combatentes vindos do Líbano.

No sábado, a Organização das Nações Unidas disse que até 1.500 feridos podem estar em Qusair, sem poder sair do lugar, e alertou que os dois lados serão considerados responsáveis pelo sofrimento de civis.

Mas diplomatas do Conselho de Segurança afirmaram que a Rússia bloqueou uma declaração do conselho de alarme pelo cerco de duas semanas a Qusair. Os russos teriam argumentado que o conselho nada fez quando a cidade foi tomada pelos combatentes anti-Assad.

O esboço da declaração também cobrava que forças leais a Assad e os rebeldes que tentam derrubá-lo façam o máximo para evitar baixas entre civis. Havia também um apelo para que o governo de Assad permita o acesso pleno de agências humanitárias no local.

O bloqueio de Moscou mostra a divisão entra a Rússia e as potências ocidentais sobre a guerra na Síria, apesar dos esforços conjuntos de norte-americanos e russos para organizar uma conferência de paz.

O ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, sugeriu neste domingo que a conferência sobre a Síria poderia ocorrer em julho. Ele disse que o governo sírio e a oposição precisam estar presentes para o que ele chamou de "a última chance" para uma solução negociada.

"Não é somente sentar à mesa e então ver o que vamos discutir. Precisa ser preparado. Por isso que estou dizendo que julho seria conveniente", afirmou Fabius.

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