Tuberculose e sarna se espalham por prisão da cidade síria de Aleppo
Mais de cem presos morreram desde abril na prisão central de Aleppo, no norte da Síria, devido às precárias condições em que vivem e os ataques contra suas instalações, denunciou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
O grupo denunciou a morte de muitos prisioneiros por falta de alimentos e remédios, assim como por execuções e explosões. É o caso de três detentos que sofriam de tuberculose e morreram recentemente por não terem sido medicados. Além disso, a sarna é uma doença bastante disseminada entre os presos e os próprios agentes.
Desde 2 de maio, os rebeldes ameaçam a penitenciária e têm o controle da estrada que conduz até o local, por isso a comida e os remédios chegam lançados pelo ar de helicópteros. Nos arredores do local são comuns choques entre as forças do regime e os insurgentes, que em algumas ocasiões chegaram até o interior da prisão, onde há cerca de 4.000 pessoas.
Em 15 de maio, dois carros-bomba explodiram ao lado de muro e um posto de controle da prisão, e pouco depois os opositores tomaram a delegacia de Musalamiya. Cerca de uma semana depois, um suicida detonou outro veículo carregado com explosivos na entrada principal do presídio.
O Observatório pediu que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e organizações internacionais intervenham de forma urgente para levar remédios e alimentos o mais rápido possível para a prisão de Aleppo.