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Distúrbios no Mundo Árabe

Sírios no exterior começam a votar para eleição presidencial

28 mai 2014 - 04h40
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A votação dos sírios no exterior na eleição que definirá o novo presidente do país começou nesta quarta-feira em alguns países, como Líbano, Rússia, Irã e Coreia do Sul.

Mais de 200 mil sírios se registraram para votar nas 39 embaixadas, segundo dados divulgados pelo diário pró-governo Al Watan. Os cidadãos poderão exercer seu direito a voto a partir das 07h até as 19h, no horário local de seus respectivos países de residência.

O Líbano é o país que deve ter o maior número de eleitores, por ser vizinho à Síria e abrigar o maior número de refugiados, mais de um milhão.

Concorrem o atual presidente Bashar al Assad, no poder desde 2000, ao terceiro mandato; o deputado da oposição tolerada Maher Abdel Hafez Hayar e o ex-ministro Hassan Abdullah al Nouri.

Ontem, o Ministério das Relações Exteriores da Síria denunciou que os Emirados Árabes Unidos "se uniram ao clube de países que conspiram contra a Síria" ao proibir a votação dos sírios em seu território.

O Ministério lamentou, em comunicado, que as 30 mil pessoas que tinham se registrado não poderão escolher seu futuro líder.

"Mesmo assim, não nos surpreende esta decisão, dado que os Emirados Árabes Unidos são membros do grupo de 'Inimigos da Síria'", afirmou a nota, que citou Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Egito, Turquia, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e EUA.

As eleições de hoje estão marcadas pelo fechamento das embaixadas da Síria em vários estados.

Em maio de 2012, as principais potências ocidentais decidiram aumentar a pressão diplomática sobre o regime de Bashar al Assad, por causa do aumento da violência, expulsando diplomatas sírios de seu território. Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Itália, Canadá e Austrália assim fizeram.

Desde então, apesar da expulsão dos embaixadores, algumas delegações permaneceram abertas, enquanto outras foram totalmente fechadas, como as de Washington, Londres e Paris. Dentro da Síria, as eleições acontecerão no próximo dia 3 de junho.

EFE   
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