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Ásia

Síria tem rara manifestação política, diz testemunha

15 mar 2011 - 15h42
(atualizado às 17h08)
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Cerca de 40 pessoas se juntaram a uma rara manifestação na Síria, cantando slogans políticos na região central de Damasco antes de dispersarem, afirmou uma testemunha. Turbulências na população civil tem ocorrido em todo o mundo árabe e já provocaram a queda dos líderes de Egito e Tunísia, além de levar a confrontos sangrentos na Líbia, Barein e Iêmen.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, que sucedeu o pai há 11 anos, disse não haver chance de a turbulência política vivida pelo mundo árabe atingir a Síria. A testemunha disse que a manifestação aconteceu pouco depois das orações de meio-dia.

Um curto vídeo colocado no YouTube mostra algumas dezenas de pessoas marchando próximo à mesquita de Umayyad, na cidade velha de Damasco, batendo palmas e cantando: "Deus, Síria, liberdade ¿ já basta". O grupo também gritava "pacífico, pacífico", canto que foi ouvido no Egito durante as manifestações que derrubaram o presidente egípcio Hosni Mubarak no mês passado.

Uma voz ao fundo afirma: "A data é 15 (de março)... Esse é o primeiro levante óbvio contra o regime sírio... Alawite ou sunita, todos os tipos de sírios, queremos derrubar este regime". Desde que Mubarak e o tunisiano Zine al-Abidine Ben Ali foram derrubados pelas manifestações, a Síria intensificou sua campanha de prisão de dissidentes e de figuras da oposição. O Partido Baath, no poder desde 1963, proíbe a oposição e impõe a lei de emergência.

A entidade de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, sediada em Nova York, colocou a Síria entre os piores violadores dos direitos humanos em 2010. De acordo com a entidade, o governo do país prendeu advogados, torturou opositores e usou de violência para reprimir a etnia curda. Autoridades sírias afirmam que os presos políticos violaram a Constituição e que críticas externas ao histórico do país na área de direitos humanos são uma interferência em assuntos sírios.

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