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Oriente Médio

Síria: grupo rebelde deixa coalizão opositora e denuncia fraudes

3 jun 2013 - 09h46
(atualizado às 09h55)
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Um importante grupo da rebelião síria anunciou nesta segunda-feira sua retirada da Coalizão de Oposição, acusando alguns dirigentes de servir a suas ambições pessoais e de utilizar dinheiro em seu favor.

"Nós nos retiramos da Coalizão (...), porque ela toma iniciativas distantes da verdadeira revolução e não pode representar a revolução de forma autêntica", declarou em um comunicado a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS).

Membro da coalizão desde o início, a CGRS é um dos grupos mais antigos a animar a contestação contra o regime do presidente Bashar al-Assad. Trata-se de uma rede de ativistas presentes em toda a Síria e ligada aos rebeldes.

"Os membros da Coalizão estão mais interessados em aparecer na mídia do que em ajudar a revolução e muito dinheiro foi perdido, porque eles usaram para seus interesses pessoais, enquanto o povo sírio não tem nada", acrescenta o comunicado.

A CGRS também acusa a coalizão de não cumprir seu compromisso de reservar um terço dos assentos para os rebeldes no terreno. O chefe da Coalizão, George Sabra, anunciou na quinta-feira a admissão de 51 novos membros, perfazendo um total de 114 membros, incluindo cinco do Exército Sírio Livre.

"Alguns países estão tentando manipular a revolução de acordo com os seus interesses e pisam no sangue de nosso povo", denunciou a CGRS, acusando esses países de criar "blocos de uns contra outros".

Até o momento, a coalizão era dominada pela Irmandade Muçulmana apoiada pelo Catar, mas a Arábia Saudita tenta limitar essa influência, o que tem provocado conflitos intermináveis de interesse e um compromisso muito instável.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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