Rússia diz que Síria está disposta a participar de conferência por paz
O regime sírio está disposto a participar da conferência internacional para a regulação política do conflito no país, anunciou nesta sexta-feira Aleksander Lukashevich, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo.
"Com satisfação destacamos que recebemos de Damasco a confirmação sobre a disposição do Governo sírio de tomar parte na conferência internacional sobre a Síria", disse em entrevista coletiva Lukashevich, citado pelas agências locais.
O diplomata russo destacou que o objetivo dessa conferência é "que os próprios sírios possam encontrar uma solução política para um conflito destrutivo para o país e para a região".
A imprensa europeia acredita que o encontro pode acontecer no dia 10 de junho, mas Lukashevich disse que a informação não deve ser levada sério porque o regime sírio está muito dividido. "Fixar uma data exata para a conferência sem saber com clareza quem - e com qual autoridade - falará em nome da oposição não pode ser levado a sério", disse.
Nesta semana, o vice-ministro das Relações Exteriores sírio, Faiçal al Miqad, destacou em Moscou que o regime de Bashar al-Assad anunciará em breve se participa da conferência internacional proposta por Rússia e Estados Unidos.
"Quando retornarmos a Damasco, informaremos às autoridades sobre os resultados das negociações em Moscou e então tomaremos uma decisão definitiva sobre a participação na conferência", assinalou.
Miqad, cujo pai foi recentemente sequestrado por grupos rebeldes, fez essas afirmações após manter consultas com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov. "Quero ressaltar que as autoridades da Síria sempre estarão no grupo que busca a regulação pacífica da crise síria. Infelizmente, tais esforços não são apoiados por aqueles que buscam a continuidade da violência e do derramamento de sangue na Síria", ressaltou Miqad.
A Coalizão Nacional da oposição síria iniciou nesta sexta-feira em Istambul o segundo dia de uma reunião para debater sobre sua participação na eventual conferência de paz internacional "Genebra II".
Com informações adicionais da agência AFP