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Mundo

Repressão na Síria deixa 5 mortos e dezenas de feridos

23 mar 2011 - 06h29
(atualizado às 07h24)
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Ao menos cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um ataque das forças de segurança do regime em Damasco contra manifestantes na cidade de Deraa, no sul da Síria, informou nesta quarta-feira um ativista pró-direitos humanos.

"As forças de segurança dispararam com munição real e lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes" concentrados em torno da mesquita de Al Omari, em Deraa, disse o ativista.

O ataque ocorreu após o corte da eletricidade na zona da mesquita, segundo o ativista.

Mais de mil manifestantes se reuniram hoje em Deraa, no quinto dia consecutivo de manifestações na cidade contra o regime sírio.

A multidão fazia uma corrente humana em torno da mesquita de Al Omari, ponto de encontro dos manifestantes, quando as forças de segurança investiram sobre o local.

Um fotógrafo da AFP foi agredido e detido por policiais, que levaram sua câmera. Após ser interrogado, recebeu um pedido de desculpas das autoridades, mas não teve seu equipamento devolvido.

Segundo o fotógrafo, as forças de segurança instalaram postos de controle em todas as entradas de Deraa.

Horas mais tarde, a agência oficial SANA informou que quatro pessoas morreram em um confronto entre as forças de segurança e um grupo armado em Deraa, sul da Síria, perto da mesquita.

"Um grupo armado atacou depois da meia-noite uma equipe médica em uma ambulância que passava pela mesquita Al-Omari. Um médico, um enfermeiro e o motorista morreram", afirma uma nota da SANA.

"As força de segurança que estavam próximas do local responderam e conseguiram prender alguns membros do grupo", segundo a agência oficial.

Um membro das forças de segurança morreu no confronto

Na terça-feira, os manifestantes caminharam pelas ruas de Deraa, 100 km ao sul de Damasco, após o funeral de um jovem morto na véspera.

A onda de protestos emergiu na Síria em 15 de março passado, após um chamado no Facebook sob o lema "a revolução síria contra Bashar al Assad 2011" e por "uma Síria sem tirania, sem lei de emergência (vigente desde 1963) ou tribunais de exceção".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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