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Rebeldes: líderes de Sirte fiéis a Kadafi negociam rendição

23 ago 2011 - 19h16
(atualizado em 28/8/2011 às 13h31)
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Líderes tribais de Sirte, cidade natal do coronel Muammar Kadafi, entraram em contato com o Conselho Nacional Transitório líbio (CNT) para negociar sua rendição, assegurou nesta terça-feira o porta-voz do Exército rebelde Ahmad Bani à agência EFE.

Rebeldes roubam armas enquanto uma das tendas do complexo de Kadafi incendeia, em Trípoli
Rebeldes roubam armas enquanto uma das tendas do complexo de Kadafi incendeia, em Trípoli
Foto: AP

Segundo Bani, os líderes fiéis a Kadafi, cujo número e influência não especificou, disseram que não defenderão mais o coronel e relatou que pediram aos rebeldes que chegassem a Sirte "como líbios e não como conquistadores".

Sirte se encontra a 450 km ao leste de Trípoli e é uma das principais praças das forças pró-Kadafi após o avanço rebelde na capital. Tal localidade se transformou desde o início do conflito armado, no fim de fevereiro, no principal obstáculo para o avanço rebelde desde o leste do país em direção a Trípoli.

Bani também mostrou seu convencimento que "os combates na Líbia terminarão em 72 horas". Neste sentido explicou que tinha ordenado a todos os funcionários das empresas petrolíferas que retornem a seus trabalhos na manhã de quarta-feira.

Enquanto isso, o paradeiro de Kadafi e de seus filhos continuam um mistérios. Não se sabe se continuam em Trípoli, se buscaram refúgio em Sirte ou em Sebha, a 776 km ao sul de Trípoli, ou se abandonaram o país.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

EFE   
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