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Mundo

Rebeldes líbios garantem que manterão luta contra Kadafi

16 mar 2011 - 14h57
(atualizado às 15h44)
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Um porta-voz do presidente do Conselho Nacional Transitório (CNT) líbio, Mustafá Abdel Jalil, afirmou nesta quarta-feira à Efe que os rebeldes da Líbia manterão a luta pela mudança de regime no país, ainda que o governante Muammar Kadafi "vença a guerra", o que eles consideram "muito improvável" no momento atual.

"A luta para nos desvincularmos das garras tirânicas do ditador continuará, sejam quais forem as circunstâncias", declarou o porta-voz Ahmed Jibril, que acredita que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprove nesta quarta-feira o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.

Líbios enfrentam repressão e desafiam Kadafi

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país há quase um mês para pedir a renúncia do líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, se tunisianos e egípcios fizeram história através de embates com as forças oficiais e, principalmente, protestos pacíficos por democracia, a situação da Líbia já toma contornos bem distintos.

Diferentemente da queda de Hosni Mubarak, cujo símbolo foi a aglomeração sistemática de centenas de milhares de manifestantes no centro do Cairo, a contestação de Kadafi tem levado a Líbia a uma situação próxima de uma guerra civil. Após a realização de protestos em grandes cidade, como Trípoli e Benghazi, o litoral mediterrânico da Líbia virou cenário de uma batalha diária entre as forças do coronel e a resistência rebelde pelo controle das cidades, como Sirte- cidade natal de Kadafi - e a petrolífera Ras Lanuf.

Não há números oficiais, mas estima-se que mais de mil pessoas já tenham morrido desde meados de fevereiro. A onda de violência, por sua vez, gerou um êxodo de mais de pelo menos 100 mil pessoas, muitas das quais fogem pelas fronteiras egípcia e tunisiana. Esses números, aliados à brutalidade dos confrontos - como, por exemplo, o bombardeio a cidades rebeldes - vêm mobilizando lideranças da comunidade internacional, que cogitam a instauração de uma zona de exclusão aérea na Líbia, mas ainda não acenam para uma intervenção no país.

EFE   
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