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Oriente Médio

Putin e Netanyahu discutem envio de mísseis russos à Síria

14 mai 2013 - 09h10
(atualizado às 12h25)
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Netanyahu cumprimenta Putin (dir.) durante encontro em Sochi
Netanyahu cumprimenta Putin (dir.) durante encontro em Sochi
Foto: AP

O presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniram nesta terça-feira em Sochi (no sul da Rússia) depois que Moscou confirmou sua intenção de fornecer mísseis terra-ar S-300 ao regime de Damasco.

"Tenho naturalmente a intenção de falar da situação na região, incluindo a Síria", declarou Putin no início da reunião em sua residência às margens do mar Negro, segundo imagens da rede pública Rossia. "Estou feliz por poder discutir com você a estabilização da região, a forma de fornecer mais segurança e calma", declarou Netanyahu.

Segundo a imprensa israelense, a visita de Netanyahu se centrará no fornecimento programado pela Rússia à Síria de sistemas S-300, armas sofisticadas capazes de interceptar em voo aviões ou mísseis guiados, um equivalente russo dos Patriot americanos. Um membro do governo israelense insistiu no domingo que Netanyahu estava "completamente decidido" a impedir estas entregas.

A instalação deste tipo de sistema de defesa terra-ar complicaria qualquer projeto militar aéreo dos Estados Unidos ou de seus aliados contra a Síria, assim como o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre o país ou uma intervenção militar para desmantelar armas químicas.

A informação foi divulgada pela imprensa americana dias depois de Israel bombardear alvos próximos a Damasco, uma operação para impedir, segundo fontes do país, que armas sofisticadas chegassem às mãos do Hezbollah libanês, aliado do regime de Bashar al-Assad.

Putin: importante evitar intervenção

Depois da reunião com Netanyahum, Putin fez uma advertência velada contra uma intervenção militar externa ou o armamento das forças antigovernamentais na Síria, ao dizer que é importante evitar ações que possam agravar a guerra civil no país.  "Neste período crucial é extremamente importante evitar quaisquer ações que possam agravar a situação", disse Putin

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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