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Mundo

Protesto na Argélia é barrado por polícia e governistas

5 mar 2011 - 12h27
(atualizado às 14h55)
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As manifestações da oposição programadas para este sábado em três pontos da capital da Argélia foram bloquedas mais uma vez, pela polícia e por agressivos militantes favoráveis ao regime.

Uma ala da Coordenadoria Nacional pela Mudança e a Democracia (CNCD) programou uma passeata para este sábado, em desafio à proibição das manifestações na capital.

Mas os militantes se viram rapidamente cercados pela polícia, enquanto grupos de contramanifestantes ocupavam a região.

Aos gritos de "Buteflika não é Mubarak" - o ex-presidente egípcio expulso do poder por um movimento popular em 18 de fevereiro -, dezenas de jovens com fotos do presidente Abdelaziz Buteflika perseguiram e agrediram os opositores na praça 1º de Julho, no bairro de El Madania.

Os contramanifestantes agrediram o líder da União pela Cultura e a Democracia (RCD, 19 deputados de 389 no Parlamento), Said Saadi, membro da CNCD que acabara de chegar ao local, mas teve que deixar a praça sob risco de linchamento.

Os protestos deste sábado foram a quinta tentativa desde 22 de janeiro.

Diante dos opositores, a polícia atuou rapidamente para cercar a praça e dispersar rapidamente.

Saadi afirmou que não estava em situação grave, mas a polícia afirmou não ter recebido nenhuma denúncia de agressão.

No bairro de Hussein Dey, os manifestantes, incluindo Ali Yahia Abdenur, presidente de honra da Liga Argelina de Defesa dos Direitos Humanos (LADDH), de 90 anos, foram bloqueados pela polícia.

Ao oeste de Argel, em Ain Benian, foram instaladas barreiras para impedir o avanço dos manifestantes. Veículos blindados e muitos policiais vigiavam a região.

Saadi acusou o governo de proibir as manifestações em outras cidades, mas as autoridades afirmam que a proibição é aplicada apenas na capital.

O líder oposicionista Said Sadi, líder do Partido para Cultura e Democracia, é protegido por seus guarda-costas durante um protesto
O líder oposicionista Said Sadi, líder do Partido para Cultura e Democracia, é protegido por seus guarda-costas durante um protesto
Foto: AP
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