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Distúrbios no Mundo Árabe

Oposição síria pede que mundo exija renúncia de Assad

15 nov 2011 - 09h53
(atualizado às 11h43)
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O Conselho Nacional Sírio (CNS), que reúne todas as correntes de oposição locais, pediu nesta terça-feira que a Rússia e a comunidade internacional exijam a renúncia do presidente sírio, Bashar al Assad, como condição prévia para que se iniciem as negociações com as autoridades do país.

O pedido foi feito por um dirigente do CNS, Burhan Galion, após encontro com representantes do Ministério de Relações Exteriores e do Senado da Rússia, país que junto à China é contrário à imposição de sanções internacionais a Damasco. "Entregamos ao comitê para a Síria da Liga Árabe nossas propostas, que agora são debatidas. Elas permitirão abrir uma nova etapa no país", disse.

O dirigente encorajou "todos os países árabes e outras nações, como a Rússia, a exigir do presidente da Síria sua demissão. O CNS apoiou a decisão da Liga Árabe de suspender o país asiático como membro dessa organização. Além disso, Galion pediu que as autoridades sírias cumpram as exigências acertadas com a Liga Árabe para tornar possível a instauração da democracia.

"Estamos dispostos a colaborar com as autoridades que não assassinam o povo sírio para buscar uma solução pacífica e evitar uma intervenção militar exterior", disse o membro do CNS.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, por sua vez, criticou a Liga Árabe e afirmou que os países ocidentais incentivam o conflito entre o regime sírio e os rebeldes. No começo de outubro, Rússia e China exerceram seu direito de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir a aprovação da resolução que condena a Síria pela repressão contra os manifestantes.

Rússia pede diálogo

Após encontro entre com Galion, a Rússia pediu que a oposição do país árabe dialogue com o regime de al Assad. A chancelaria russa disse em comunicado que pediu aos rebeldes da Síria que se somem a iniciativa da Liga Árabe, que procurou abrir um canal de diálogo entre a oposição e o regime de Damasco.

"A posição russa defende a necessidade de uma postura construtiva para a superação dos problemas na Síria", afirma o documento. A Rússia diz ainda que apoia reformas no país árabe e que é contra a interferência externa em assuntos locais.

EFE   
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