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Distúrbios no Mundo Árabe

Oposição síria critica Obama por aguardar Congresso para atacar

31 ago 2013 - 17h34
(atualizado às 18h36)
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Porta-voz da Coalizão Nacional Síria critica decisão de Obama
Porta-voz da Coalizão Nacional Síria critica decisão de Obama
Foto: Al Jazeera / Reprodução

O porta-voz da oposição síria, Louay Safi, criticou neste sábado em entrevista à rede de TV Al Jazeera a decisão do presidente americano, Barack Obama, de esperar a aprovação do Congresso para iniciar uma ação militar na Síria. "Historicamente, quando o presidente dos Estados Unidos vai ao ar, é para anunciar o início da operação", afirmou. "Eu achei que ele diria ao mundo inteiro que iria punir este regime brutal."

"Estou um pouco surpreso que o presidente americano foi ao ar com autoridade legal e responsabilidade moral para responder aos ataques químicos e passa isso para o Congresso", disse. "Definitivamente, as pessoas na Síria vão sentir que isso é uma ação que vai encorajar as mortes a continuarem na Síria, graças à falha do líder dos Estados Unidos", afirmou o porta-voz.

Um representante do governo afirmou que o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, conversou com o líder da oposição da Síria neste sábado para sublinhar a determinação dos EUA de responsabilizar o governo sírio pelo uso de armas químicas.

Kerry falou com o presidente da Coalizão Opositora da Síria, Ahmed Assi al-Jarba, para reforçar o compromisso do presidente Barack Obama de "responsabilizar o regime Assad pelo uso de armas químicas contra seu próprio povo em 21 de agosto", segundo um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado.

Kerry também conversou com o ministro do Exterior da Arábia Saudita e do Japão sobre a Síria.

Obama afirmou que vai pedir autorização do Congresso apesar de dispor de amplos poderes legais para tomar uma ação militar - atitude que defendeu no discurso de hoje. Ele já havia deixado claro que acredita que os Estados Unidos devem fazer algo para responsabilizar o governo sírio pelo ataque, porém legisladores expressaram reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques, e o presidente afirmou o apoio é importante para a democracia americana. A intervenção defendida pelo presidente americano ocorre porque o uso de armas químicas "representa um perigo à segurança nacional" e é "um assalto à dignidade humana", nas palavras de Obama.

"Vou pedir autorização para o uso da força aos representantes da população americana no Congresso. Teremos debate e votação quando o Congresso retornar ao trabalho (no dia 9 de setembro, após recesso)", disse o presidente americano em um pronunciamento no Jardim da Casa Branca acompanhado do vice-presidente, Joe Biden. "Estamos preparados para atacar quando quisermos", disse o democrata.

Com informações da Reuters.

Fonte: Terra
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