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ONU volta atrás e nega evidências de armas químicas na Síria

6 mai 2013 - 08h58
(atualizado às 12h33)
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O presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre a Síria, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, negou nesta segunda-feira que haja "evidências conclusivas" de que alguma das partes em conflito no país usou armas químicas.

"A Comissão deseja esclarecer que não encontrou evidências conclusivas do uso de armas químicas na Síria por alguma das partes em conflito. Portanto, a Comissão não pode fazer mais comentários a respeito neste momento", assinala o presidente em comunicado.

A magistrada suíça Carla del Ponte, membro da Comissão, sustentou a um veículo de comunicação que o órgão recolhera informações apontando que grupos rebeldes podem ter usado armas químicas no conflito sírio.

"Dispomos de testemunhos sobre a utilização de armas químicas, em particular, gás sarin. Não por parte do Governo, mas dos opositores", disse Carla.

A suíça indicou que a Comissão ainda tem muito a investigar sobre o suposto uso de gás sarin e evitou dar mais detalhes sobre as informações recolhidas até o momento. "Existem suspeitas fortes e concretas, mas ainda não há provas incontestáveis", explicou.

Aumentaram nos últimos meses os rumores, alegações e acusações de ambas as partes sobre o uso de armas químicas, até o ponto de o regime de Bashar al-Assad solicitar à ONU uma investigação in loco.

EUA: "não temos informação"

Mais tarde, os EUA disseram que não têm informação de que os rebeldes sírios tenham usado armas químicas. O anúncio foi feito por um alto funcionário do departamento de Estado.  "Não temos informação que sugiram que eles tenham a capacidade ou a intenção de usar tais armas", afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada. Segundo ele, a administração americana busca reunir a maior quantidade possível de elementos sobre o tema. 

EFE   
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