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Oriente Médio

ONU afirma que há 1.500 feridos sitiados em cidade síria

Neste sábado, os rebeldes lutavam para manter suas últimas posições em Quseir, submetida a uma chuva de fogo por parte das tropas governamentais apoiadas por homens do Hezbollah

1 jun 2013 - 17h46
(atualizado às 18h01)
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A ONU pediu neste sábado o fim do assédio à Quseir, afirmando que há 1.500 feridos sitiado nesta cidade síria que precisam de ajuda desesperadamente. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as forças do regime de Bashar al-Assad e os rebeldes devem permitir a saída dos civis de Quseir, palco de uma batalha há mais de duas semanas.

"Entendemos que há 1.500 feridos com necessidade urgente de evacuação para receber tratamento médico, e que a situação geral em Quseir é desesperadora", disse a responsável das operações humanitárias da ONU na Síria, Valerie Amos.

Milhares de civis estão retidos na cidade, onde os rebeldes recebem reforços para enfrentar as forças de Assad, apoiadas por milicianos do Hezbollah libanês. Há relatos de que "bairros civis continuam sendo atacados indiscriminadamente", assinalou Amos. A funcionária pediu um "cessar-fogo imediato" para permitir que as agências humanitárias evacuem os feridos.

Ban "insistiu com todas as partes para que façam o máximo possível para evitar perdas de civis" e recordou ao governo sírio "sua responsabilidade na proteção dos civis, inclusive diante das ameaças que sofrem das milícias", informou seu porta-voz Martin Nesirky.

O secretário-geral "pede aos beligerantes que permitam a saída dos civis da cidade". No momento em que as grandes potências tentam organizar uma conferência internacional sobre a Síria, Ban "recorda a todas as partes em conflito que o mundo as observa e que serão responsabilizadas por todas as atrocidades cometidas contra a população civil de Quseir".

Combates

Enquanto isso, os rebeldes lutavam neste sábado em defesa de suas últimas posições em Quseir, submetida a uma chuva de fogo por parte das tropas governamentais apoiadas por homens do Hezbollah libanês.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH, uma entidade com base em Londres e que se apoia em uma rede de informantes na Síria), os combates prosseguiam em Quseir, uma cidade do centro-oeste do país situada perto da fronteira libanesa.

Os rebeldes agora estão limitados ao norte da cidade, onde nos últimos dias passaram a receber reforços que conseguiram passar pelas linhas que o exército traçou ao redor de diversos bairros.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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