PUBLICIDADE

Oriente Médio

Observadores árabes visitam principais focos de protestos sírios

31 dez 2011 - 12h40
(atualizado às 13h16)
Compartilhar

Os observadores árabes percorrem neste sábado os principais centros de protestos sírios, enquanto a oposição ao regime de Damasco denunciou a continuação da violência e os impedimentos impostas à missão.

As cidades de Homs e Hama, no centro, Idlib, no norte, e Deraa, no sul, os maiores redutos da oposição, foram neste sábado visitadas pelos observadores que permanecerão na Síria um mês com opção de prorrogar sua visita.

Em declarações à imprensa na sede da Liga Árabe no Cairo, um dos responsáveis pela missão, explicou que o chefe dos observadores, o general sudanês Mohammed Ahmad Mustafa al-Dabi, está em Homs e recebe relatórios de todos os enviados presentes em outras cidades.

Segundo os observadores, todos conseguem se deslocar com liberdade por diferentes regiões, em coordenação e sob proteção do Governo sírio.

Grupos opositores, no entanto, acusaram o regime de Bashar al Assad de impedir os civis de entrar em contato com a missão, que deve verificar o cumprimento do plano árabe que estipula o fim da violência, a libertação dos detidos nos protestos e a retirada militar, entre outros pontos.

Segundo os Comitês de Coordenação Local, em algumas localidades da província meridional de Deraa, as forças de segurança detiveram familiares de vítimas para evitar que falem com os observadores.

Em Hama, há uma forte presença policial perto do hotel onde está a delegação de observadores. Em Idlib, milhares de manifestantes continuam uma manifestação com a participação de feridos e familiares dos "mártires" à espera da chegada da missão.

Apesar da presença dos observadores, o regime continua com a repressão e os Comitês informaram em comunicado quatro mortes em diferentes pontos do país.

Os disparos das forças leais a Assad mataram uma pessoa e deixaram quatro feridas durante uma manifestação em Homs, frente aos observadores da Liga Árabe. Um soldado também morreu nas mãos das forças de segurança quando cumpria seu serviço em Homs, e um civil em Hama.

A última vítima foi em Idlib, onde centenas de cidadãos assistiram ao funeral de uma vítima da repressão das forças de segurança, causada em uma manifestação contra o regime.

Desde o início dos protestos em meados de março, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão do regime sírio, que acusa grupos terroristas armados de estarem por trás das revoltas populares.

EFE   
Compartilhar
Publicidade