PUBLICIDADE

Estados Unidos

Obama nega que EUA evitariam tragédia síria se agissem antes

18 jun 2013 - 02h25
(atualizado às 02h38)
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou nesta segunda-feira que uma ação "com maior antecedência ou mais contundente" de seu país evitaria a "tragédia" na Síria e reiterou que a solução deve ser de caráter "político".

"Este argumento, que evitaríamos a atual tragédia e o caos que vemos na Síria caso tivéssemos agido previamente, ou de modo mais contundente, acho que é equivocada", afirmou Obama em uma entrevista ao jornalista Charlie Rose da emissora "PBS", gravada no domingo e transmitida hoje.

Desde que começou a revolta contra o governo sírio, em março de 2011, o conflito causou mais de 93 mil mortes e fez milhões de refugiados.

Obama, em sua primeira declaração sobre o tema desde o anúncio da ajuda militar americana na última quinta-feira, defendeu a cautela de seu país.

"Tínhamos que esclarecer e determinar quem está na oposição síria", afirmou Obama, ao esclarecer que o movimento contra o governo do presidente Bashar al Assad não era uma força militar própria e que existiam dúvidas sobre elementos infiltrados da Al-Qaeda.

O presidente americano ressaltou a "necessidade legítima dos EUA de se comprometerem com o seu envolvimento" no conflito sírio, mas garantiu que devem fazê-lo "de maneira cuidadosa e precisa".

Além disso, e apesar de reiterar sua aposta por uma solução "política", afirmou que por causa do "apoio do Irã e da Rússia, Assad acredita que não tem que aceitar uma transição política e acha que pode simplesmente reprimir violentamente metade da população síria".

"Enquanto continuar com esse pensamento, vai ser muito difícil resolver a situação ali", disse.

A entrevista aconteceu horas antes da viagem de Obama à Irlanda do Norte para participar da cúpula do G8, na qual a questão da Síria seria um dos principais pontos da agenda, especialmente na reunião bilateral prevista entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o governante americano.

No entanto, após o primeiro dia da cúpula, as posições dos países permanecem as mesmas e não foram feitos avanços.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade