Morador de Aleppo sobrevive após levar três tiros em novo massacre

Mahmou recebe tratamento em hospital improvisado por rebeldes am Anadan, nos arredores de Aleppo. O jovem palestino de 21 anos relatou a agência AP como sobreviveu após receber três tiros durante um massacre que tirou a vida de dez outros homens em Aleppo na segunda-feira

Mahmoud é visto em hospital improvisado dentro de um antigo salão de casamentos em Anadan. Após passar quatro dias em uma cela, tendo recebido água apenas uma vez e nunca comida, Mahmoud foi levado, junto com outros dez homens, para um terreno abandonado em um distrito de Aleppo. Ali, eles foram vendados, tiveram os pulsos amarrados e foram colocados lado a lado. Os guardas então abriram fogo contra todos

Menino sírio observa os corpos de nove dos mortos no massacre. A maioria deles tinha poucos laços com os rebeldes. Mahmoud foi preso após autoridades terem encontrado em seu celular vídeos de protestos contra o regime de Bashar al-Assad e mensagens desejando boa sorte a rebeldes do Exército Livre Sírio

Corpos de mortos no massacre, ainda com as marcas dos ferimentos, foram levados por moradores ao hospital em que um repórter da agência AP entrevistava Mahmoud. Como não foram encontradas as identidades das vítimas, os corpos foram levados de caminhão para bairros de Aleppo para que fossem identificados. Caso ninguém os reivindicasse, fotos seriam tiradas e postadas no Facebook para facilitar o reconhecimento

O massacre ao qual Mahmoud sobreviveu é apenas um dos frequentes casos de extrema violência registrado nos 17 meses de revoltas contra o regime de Bashar al-Assad, uma onda de violência que já custou a vida de mais de 19 mil pessoas. O jovem palestino é um dos poucos a ter conseguido sobreviver e relatar sua história

Homem chega um dos nove corpos de vítimas do massacre