Menino finge estar morto e escapa de massacre na Síria
1 jun2012 - 13h18
(atualizado às 13h37)
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O menino Ali al Sayed, 11 anos, diz ter sido um dos únicos sobreviventes do massacre cometido na cidade de Houla, na Síria. O ataque em que 108 pessoas foram mortas, muitas delas crianças, vem sendo atribuído às tropas do governo da Síria e a milicianos ligados ao regime do presidente Bashar al-Assad.
O garoto conta ter visto soldados disparando cinco vezes contra sua mãe e, em seguida, atirando em seu irmão Nader, 6 anos, na cabeça e nas costas. Ali conta que após ter ficado totalmente encoberto pelo sangue do irmão, ele se deitou no chão e fingiu que estava morto.
Ativistas sírios estimam que um total de mil crianças já tenham sido mortas no conflito. A estimativa de grupos de direitos humanos é de que o confronto entre rebeldes e forças do governo já matou 12 mil pessoas no país.
A entrada do bairro Bab al-Tebbaneh virou um cenário de destruição após os enfrentamentos entre os grupos rivais
Foto: AFP
Armado, muçulmano sunita leva o filho para longe dos confrontos no bairro Bab al-Tebbaneh, em Trípoli
Foto: AFP
Homem atira contra alauítas simpatizantes de Bashar al- Assad
Foto: AFP
Sunita contrário ao regime do ditador sírio usa barricada de pneus para se proteger durante os confrontos
Foto: AFP
Homem aponta arma por uma janela no bairro Bab al-Tebbaneh, de maioria sunita
Foto: AFP
Sunitas contrários ao ditador sírio enfrentam alauítas simpatizantes de Assad no bairro Jabal Mohsen, em Trípoli, no Líbano. Os conflitos entre os dois grupos mataram duas pessoas nesta segunda-feira, elevando a cinco o número de mortos desde o início dos enfrentamentos. Os combates, que também têm motivos religiosos, explodiram no sábado, em um protesto pela libertação do islamita Chadi al-Mawlawi, 27 anos, preso por "terrorismo" por pedir a independência da Síria