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Mundo

Medvedev: destino de Kadafi deve ser decidido por povo líbio

20 out 2011 - 11h03
(atualizado às 11h13)
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O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, declarou nesta quinta-feira que "o destino do ditador Muammar Kadafi deve ser decidido pelo povo líbio".

"Esperamos que a paz seja restabelecida na Líbia e aqueles que dirigem o Estado possam chegar a um acordo sobre o sistema de governo", afirmou Medvedev em entrevista coletiva com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, para agências de notícias russas.

O chefe do Kremlin afirmou em março que Kadafi era um "cadáver político" que "não tem lugar no mundo civilizado moderno". "Meu assessor acaba de me informar que Kadafi foi efetivamente capturado", disse o chefe do governo holandês, e acrescentou: "Estou feliz com esta notícia".

As forças armadas do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio anunciaram nesta quinta-feira a captura e morte de Kadafi em Sirte, segundo a emissora de televisão Al Jazeera.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque. Na dia 23 de agosto, os rebeldes invadiram e tomaram o complexo de Bab al-Aziziya, em que acreditava-se que Kadafi e seus filhos estariam se refugiando, mas não encontraram sinais de seu paradeiro. De acordo com o CNT, mais de 20 mil pessoas morreram desde o início da insurreição.

Mapa localiza Sirte, onde Kadafi foi capturado

EFE   
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