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Oriente Médio

Líder da Al-Qaeda estimula sírios a se unirem contra Assad e EUA

6 jun 2013 - 09h13
(atualizado às 09h37)
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O líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahri, pediu aos sírios que se unam para derrubar o presidente Bashar al-Assad e impedir o que definiu como planos dos EUA de estabelecer um Estado cliente na Síria para garantir a segurança de Israel.

Em uma gravação de 22 minutos divulgada em sites islâmicos nesta quinta-feira para marcar os 65 anos da fundação de Israel, Zawahri também disse que a jihad (a guerra travada pelos extremistas islâmicos) é a única maneira de resolver o problema palestino.

"Leões do Levante, unam-se em torno desse nobre objetivo e se elevem acima de afiliações partidárias", disse Zawahri.

"Os Estados Unidos, seus agentes e aliados querem que vocês derramem seu sangue e o sangue de seus filhos e mulheres para derrubar o regime criminoso do partido Baath e, em seguida, estabelecer um governo leal a eles e garantir a segurança de Israel", acrescentou.

A gravação foi divulgada um dia depois de as forças do governo sírio, apoiadas por combatentes do grupo libanês Hezbollah, retomarem o controle da cidade fronteiriça de Qusair, que havia sido capturada por rebeldes. Ela foi publicada no site Ansar al-Mujahideen, que divulga as declarações de líderes da Al-Qaeda.

Não foi possível verificar de imediato a autenticidade da gravação, que não fez nenhuma referência a Qusair, o que sugere que possa ter sido gravada antes da campanha do governo sírio para retomar o controle da cidade, iniciada há mais de duas semanas.

Zawahri é um militante de origem egípcia que se tornou o líder da Al-Qaeda após Osama bin Laden ter sido morto, em uma operação dos EUA em 2011 Ele também criticou o Irã por apoiar Assad, dizendo que o conflito na Síria tinha "mostrado a cara feia do Irã".

O Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, lutou com as forças de Assad na tomada de Qusair, cidade fronteiriça estrategicamente importante.

Na semana passada, o influente clérigo muçulmano sunita xeique Youssef al-Qaradawi fez um chamado pela jihad contra Assad, depois de o líder do Hezbollah, xeique Hassan Nasrallah, ter reconhecido que suas forças se haviam unido a Assad na luta em Qusair.

Zawahri preveniu os sírios a não se jogarem nos braços dos Estados Unidos, que, segundo ele, querem transformar a sua jihad em uma "ferramenta do Ocidente contra o Irã".

Ele disse ainda que "não há solução para a Palestina, exceto a jihad".

"Todo muçulmano livre na Palestina deve se unir a seus irmãos muçulmanos para estabelecer a charia (lei islâmica) e governar por ela, e torná-la uma referência acima de todas as referências, e para libertar a Palestina a fim de estabelecer um Estado islâmico, mesmo se o Ocidente odeia isso e chama de terrorismo e extremismo", acrescentou.

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