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Kadafi diz que está em Trípoli e não abandonará o país

23 ago 2011 - 11h31
(atualizado às 12h53)
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O ditador líbio, Muammar Kadafi, garantiu nesta terça-feira que está em Trípoli e que não tem intenções de deixar o país durante uma conversa por telefone com o russo Kirsan Ilyumzhinov, presidente da Federação Internacional de Xadrez (Fide).

Kadafi (foto) confirmou que está na capital da Líbia e voltou a garantir que não deixará o país
Kadafi (foto) confirmou que está na capital da Líbia e voltou a garantir que não deixará o país
Foto: AFP

"Estou são e salvo. Estou em Trípoli e não tenho intenções de abandonar a Líbia. Não acreditem nas informações falsas das emissoras de televisão ocidentais", assinalou Ilyumzhinov à agência russa Interfax.

Ilyumzhinov precisou que, junto ao ditador, se encontra um de seus filhos, Mohammed, que na segunda-feira teria conseguido burlar as forças rebeldes que aparentemente o tinham capturado.

Em relação a isso, o diretor russo revelou ainda que Mohamad afirma que as forças de seu pai "estão expulsando os ratos da cidade", em referência às forças rebeldes, que há três dias combatem o regime nas ruas de Trípoli.

"Aqui (em Trípoli) combatemos contra as tropas da Otan e mercenários. Aqui não há rastro dos rebeldes líbios", disse o filho de Kadafi.

Ilyumzhinov, que há algumas semanas viajou à Líbia para jogar uma partida de xadrez com o próprio Kadafi, ressaltou que a conversa foi breve por razões de segurança.

Durante esse curto espaço de tempo, o coronel também se mostrou confiante na vitória e agradeceu aos que ainda lhe apoiam.

"Tenho certeza de que venceremos. Quero expressar meu agradecimento a todas as pessoas no mundo que se solidarizam com o povo da Líbia", afirmou Kadafi, segundo o relato de Ilyumzhinov.

A Otan assegurou nesta terça-feira que "não tem nem ideia" de onde se encontra o líder líbio, enquanto que assegurou que Kadafi "não é um alvo" do organismo, apenas suas instalações e seus centros de comando e controle.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

EFE   
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