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Oriente Médio

Irã alerta EUA: se fizerem estupidez, resposta será decisiva

"Se os Estados Unidos fizerem uma estupidez, nossa resposta será decisiva", alertou presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento iraniano

1 set 2013 - 15h49
(atualizado às 23h13)
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Um funcionário iraniano, em visita a Damasco, advertiu neste domingo que os interesses dos Estados Unidos serão "ameaçados" se Washington lançar um ataque contra o regime sírio, um aliado de Teerã. "Espero que os Estados Unidos não realizem tal ação precipitada e irracional, dada a delicada situação na região", declarou Allaeddine Boroujerdi, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento iraniano.

"As questões de segurança na região estão intimamente ligadas. Os americanos não podem ameaçar os países da região e esperar que os seus interesses não sejam ameaçados", disse durante uma coletiva de imprensa na embaixada iraniana em Damasco.

"Se os Estados Unidos fizerem uma estupidez, nossa resposta será decisiva", alertou Boroujerdi, sem dar mais detalhes, de acordo com a tradução para o árabe de seu intérprete.

"Nós no Irã, responderemos com força a qualquer agressão e defenderemos os nossos interesses nacionais", acrescentou Boroujerdi, consultado pelos jornalistas sobre a reação de Teerã quanto a um possível ataque à Síria.

Ele se referiu ao eixo estratégico que liga o seu país ao regime da Síria e ao Hezbollah, que combate os rebeldes ao lado do Exército sírio.

Várias autoridades políticas e militares iranianas lançaram alertas a Washington em caso de ataque contra o regime sírio, acusado de matar civis com armas químicas.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, afirmou que o Congresso americano não pode substituir a ONU. "O Congresso não pode autorizar ataques (contra a Síria) e este ataque será efetuado em violação ao direito internacional", declarou Zarif, citado pela agência Isna, afirmando que "apenas o Conselho de Segurança da ONU - em condições particulares - pode dar uma autorização" para o uso da força.

"Obama não pode interpretar a lei internacional" em seu benefício, acrescentou o chefe da diplomacia iraniana, que novamente alertou para uma desestabilização da região em caso de ataque americano. "Além da questão da legalidade, qualquer uso da força na região iniciará um incêndio difícil de ser apagado", disse o chanceler.

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, ressaltou que uma intervenção militar na Síria "seria um desastre para a região", enquanto o chefe do Estado-Maior, o general Hassan Firouzabadi, considerou que a ação militar contra a Síria levará Israel, um aliado de Washington, "à beira das chamas".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso autorização para atacar o regime sírio e rejeitou a perspectiva de uma intervenção em curto prazo.

Ativistas e oposição denunciam ataque com armas químicas na Síria

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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