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Distúrbios no Mundo Árabe

França vê obstáculos para plano de paz para o conflito na Síria

14 mai 2013 - 04h49
(atualizado às 06h21)
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O ministro das Relações Exteriores da França disse nesta terça-feira que um plano de paz na Síria contendo governo e rebeldes na mesa de negociação seria difícil de organizar, duvidando que possa ser realizado em breve, segundo informações da agência Reuters.

“Nós queremos criar um governo de transição que irá tomar o poder do (presidente sírio) Bashar al-Assad, e como resultado ele seria deslocado”, afirmou Laurent Fabius à rádio RTL. “Eu apoio as conversas do ‘Genebra 2’, mas é extremamente difícil”, declarou o ministro, se referindo ao nome dado aos esforços diplomáticos em encontro que deve ser realizado na cidade suíça no final do mês.

Exatamente por isso, Fabius descartou a presença de Assad na conferência. Perguntado sobre a possível presença do presidente sírio, o ministro francês afirmou: "é seguro que não", reiterando que o texto do compromisso menciona "um governo que terá pleno poder e que o mesmo estará formado em mútuo consentimento", o que seria quase impossível com a presença de Assad, uma vez que os "opositores nunca aceitariam" a sua presença.

Fabius, que conversou com o secretário de Estado americano, John Kerry, nessa segunda-feira, afirmou que ministros das Relações Exteriores de onze países do grupo “Amigos da Síria”, incluindo os Estados Unidos e nações europeias e árabes, podem se encontrar no final da semana na Jordânia, para analisar a viabilidade das soluções propostas.

O ministro francês citou obstáculos, incluindo a necessidade de um acordo com representantes da oposição e do governo “sem sangue em suas mãos” no conflito que já deixou mais de 70 mil mortos.

“Alguns de nós provavelmente nos encontraremos no final da semana na Jordânia, e talvez depois disso em Paris”, disse Fabius. Uma fonte diplomática francesa consultada pela Reuters afirmou que a reunião na Jordânia será crucial, e diplomatas da França, Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e China devem discutir nesta quinta e sexta para analisar opções.

Com informações da agência EFE

Fonte: Terra
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