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Oriente Médio

França quer liberação do envio de armas a rebeldes sírios

14 mar 2013 - 14h19
(atualizado às 14h42)
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O presidente francês, François Hollande, declarou nesta quinta-feira que Paris e Londres desejam que os europeus retirem o embargo de armas aos rebeldes sírios, que há dois anos lutam contra o regime de Bashar al-Assad.

"Estamos dispostos a apoiar a rebelião, e estamos dispostos a chegar a este extremo" de entregar armas aos insurgentes, afirmou Hollande pouco antes de entrar em uma reunião de chefes de Estado e de Governo da UE em Bruxelas.

"Não podemos deixar que um povo seja massacrado por um regime que, até o momento, não quer uma transição política", afirmou Hollande. "Devemos tomar nossas responsabilidades", defendeu. Para isso, explicou Hollande, a França deverá primeiro "convencer seus sócios europeus".

Oficialmente, a Síria não está na agenda da cúpula desta quinta e sexta-feira, centrada em como favorecer o crescimento e o emprego em plena crise econômica. "A França considera que hoje em dia estão sendo entregues armas (à Síria), ao regime de Bashar (al-Assad)", graças às remessas russas, destacou Hollande.

Horas antes, o ministro das Relações Exteriores de Hollande, Laurent Fabius, anunciou que a França e a Grã-Bretanha pedem "agora aos europeus que retirem o embargo para que a resistência (síria) tenha a possibilidade de se defender".  O objetivo, segundo funcionários de alto escalão franceses, é fornecer à oposição síria mísseis terra-ar para se defender dos ataques de aviões e helicópteros do Exército sírio.

Até o momento, um embargo decidido pela União Europeia proíbe essas entregas de armas, e alguns dos países europeus, entre eles França e Grã-Bretanha, só fornecem aos rebeldes sírios material não letal, como meios de comunicação.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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