EUA dizem que existe consenso contra presidente da Síria
Os Estados Unidos elogiaram nesta segunda-feira a "consolidação do consenso contra (o presidente Bashar al) Assad e o regime" sírio, após as decisões tomadas nos últimos dias pela Liga Árabe e pela União Europeia (UE).
"A comunidade internacional, os Estados Unidos, a UE, a Liga Árabe e países como Turquia" estão adotando "um tom cada vez mais duro" frente à repressão na Síria, disse Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado.
Questionado sobre uma eventual intervenção militar, o porta-voz disse que os esforços americanos estão centrados no endurecimento das sanções econômicas e políticas contra o governo de Assad. "Vocês estão se adiantando. Não chegamos a essa situação", apesar de "nunca termos renunciado a nenhuma opção", disse Toner, dando a entender que uma iniciativa militar não está excluída.
A violência continua na Síria, embora o país tenha feito um acordo com a Liga Árabe no último dia 2 para pôr fim aos confrontos e recuar as forças de ordem. Mas, no sábado, a organização pan-árabe considerou que Damasco não tinha adotado as medidas estipuladas e decidiu suspender sua participação como membro da organização.
A iniciativa da Liga Árabe estipulava, entre outros pontos, o fim da violência, a retirada das forças armadas das ruas do país e a libertação dos detidos durante os protestos. Desde o início dos protestos na Síria, em março, mais de 3,5 mil pessoas morreram no país, segundo os últimos números divulgados pela ONU.