PUBLICIDADE

Distúrbios no Mundo Árabe

Emboscadas de desertores matam 17 pessoas na Síria

12 nov 2011 - 14h08
(atualizado às 15h55)
Compartilhar

Pelo menos oito civis e nove membros das forças de segurança morreram neste sábado em diversas áreas da Síria,no mesmo dia em que a Liga Árabe decidiu suspender Damasco da organização justamente por não acabar com a violência no país.

Em comunicado, a entidade opositora Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou sobre a morte de quatro civis em Homs, dois em Idlib, um em Deraa e outro em Latakia, enquanto os Comitês de Coordenação Local elevam este número para 12.

Segundo o OSDH, um taxista morreu pelos tiros de um atirador, enquanto outro civil não resistiu aos ferimentos de bala que sofreu na sexta-feira, ambos no bairro de Deir Baalba, na cidade de Homs.

Na mesma cidade, uma pessoa morreu a tiros no bairro de Suq al-Hal. Além disso, foi encontrado o corpo de um jovem sequestrado no dia anterior no bairro de Karam el Zaitun. Homs, um dos principais redutos da oposição, é alvo de uma dura ofensiva há semanas. Segundo o Human Rights Watch (HRW), o regime sírio cometeu crimes contra a humanidade nesta província.

Quanto a Idlib, outro reduto opositor, a mulher de um oficial do Exército e um soldado morreram em um ataque contra o ônibus que os transportava frente à cidade de Saraqeb. Na cidade de Yazem, situada na província de Deraa, o ativista identificado como Jamal Saleh al-Khalaf foi morto em sua casa pelas forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

Horas antes, os agentes de segurança tinham sequestrado três membros da família do opositor para obrigá-lo a que se entregasse. As autoridades sírias da cidade litorânea de Latakia entregaram o corpo de outro ativista, que morreu sob tortura após permanecer uma semana detido em um quartel da Polícia Militar síria.

O OSDH informou sobre a morte de nove membros das forças de segurança sírias em uma emboscada realizada por supostos desertores em Idlib. Tanto em Idlib como em Homs, os grupos opositores falam de deserções maciças por parte de soldados que se negam a atirar contra os civis, mas isto, como os demais dados, não pode ser comprovado de forma independente pelas restrições impostas aos jornalistas pelo regime de Damasco.

A Liga Árabe decidiu neste sábado suspender a participação da Síria das atividades da organização, durante uma reunião extraordinária realizada no Cairo entre os ministros das Relações Exteriores do organismo. A organização também pediu sanções econômicas e políticas à Síria e a retirada dos embaixadores árabes de Damasco, entre outros pontos. Desde meados de março, a Síria é palco de revoltas populares contra o regime de Assad, que causaram a morte de mais de 3,5 mil pessoas, segundo os últimos números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A síria Mayanda Abud, 27 anos, se prepara para casamento na localidade de Quneitra, na fronteira entre a Síria e Israel. A noiva abandonou a família e cruzou a fronteira para se casar com o druso Munjed Awad, 30 anos, que vive nas Colinas de Golã - território conquistado por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. A passagem da mulher foi permitida pelas autoridades israelenses após ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
A síria Mayanda Abud, 27 anos, se prepara para casamento na localidade de Quneitra, na fronteira entre a Síria e Israel. A noiva abandonou a família e cruzou a fronteira para se casar com o druso Munjed Awad, 30 anos, que vive nas Colinas de Golã - território conquistado por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. A passagem da mulher foi permitida pelas autoridades israelenses após ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
Foto: AFP
EFE   
Compartilhar
Publicidade