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Mundo

Embaixada brasileira na Síria será transferida para o Líbano

19 jul 2012 - 11h14
(atualizado às 15h38)
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Gustavo Gantois
Direto de Brasília

O Itamaraty confirmou ao Terra nesta quinta-feira que está preparando a transferência da embaixada do Brasil em Damasco, na Síria, para Beirute, no Líbano. Segundo a chancelaria brasileira, a mudança ocorre pela falta de segurança para o corpo diplomático brasileiro permanecer na capital síria e já foi comunicada pelo embaixador Edgard Antonio Casciano.

Jovem chora a morte de uma das vítimas do massacre de Tremseh em imagem divulgada pela rede Shaam News Network. Ativistas de oposição sírios divulgaram imagens de um massacre na localidade de Tremseh, na província de Hama, que teria deixado mais de 200 pessoas mortas
Jovem chora a morte de uma das vítimas do massacre de Tremseh em imagem divulgada pela rede Shaam News Network. Ativistas de oposição sírios divulgaram imagens de um massacre na localidade de Tremseh, na província de Hama, que teria deixado mais de 200 pessoas mortas
Foto: AP

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No entanto, segundo o Itamaraty, a decisão não representa uma mudança da posição do Brasil em relação ao conflito sírio, que é de imparcialidade. De acordo com o Itamaraty, o fechamento da embaixada deve ser realizado nas próximas horas ou até à tarde de sexta-feira. A decisão ainda não foi comunicada ao governo sírio, uma vez que a chancelaria brasileira teme que o corpo diplomático, que será retirado por terra, possa ser vítima de retaliação por forças leais ao regime sírio ou aos rebeldes.

Segundo o Itamaraty, a decisão partiu do embaixador brasileiro e foi motivada pela falta de segurança. A representação seguirá operando em Beirute, onde será montada uma estrutura de trabalho semelhante à da embaixada do Brasil no Líbano. O Itamaraty também informou que, até o momento, não há uma grande procura de brasileiros interessados em deixar a Síria, mas que aqueles que desejarem sair do país continuarão recebendo plena assistência para voltar ao Brasil ou se transferir para outro local.

Os conflitos na Síria, agora considerados internacionalmente como guerra civil, passam por um momento crítico após os confrontos se acirrarem em Damasco a partir do último final de semana. Na quarta-feira, um atentado reivindicado pelo movimento rebelde Exército Live Sírio (ELS), formado por militares dissidente, provocou a morte do ministro da Defesa, de seu vice, que também era cunhado do presidente Bashar al-Assad, e de um general encarregado de comandar a resposta à revolução popular que eclodiu no país há 17 meses. Os rebeldes denunciam que tropas do governo bombardearam bairros da capital síria nesta quinta-feira.

Fonte: Terra
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