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Estados Unidos

Credibilidade mundial está em jogo na Síria, diz Obama

4 set 2013 - 10h22
(atualizado às 12h36)
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Barack Obama fala durante entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia
Barack Obama fala durante entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia
Foto: AP

O presidente americano, Barack Obama, voltou a defender nesta quarta-feira que possui "grande confiança" de que o regime sírio de Bashar al-Assad utilizado armas químicas na guerra civil de seu país e que a comunidade internacional deve agir para dar uma resposta "à barbárie". Em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministo da Suécia, Fredrik Reinfeldt, Obama também afirmou que respeita o processo da ONU, mas que uma operação militar na Síria é necessária para evitar que casos semelhantes voltem a ocorrer no futuro. 

"Eu não estabeleci linha vermelha, o mundo estabeleceu a linha vermelha quando governos representando 98% da população mundial assinaram um tratado proibindo armas químicas", disse Obama, se referindo ao tratado internacional que proíbe a utilização de armas químicas em qualquer tipo de conflito. Na mesma linha, Obama também afirmou que a sua credibilidade não está em jogo em relação à Síria, e sim a "credibilidade do mundo".

 "O primeiro-ministro e eu estamos de acordo com o fato que, diante de tal barbárie, não se pode ficar calado", declarou Obama em Estocolmo. "Não responder a este ataque só iria aumentar o risco de mais ataques e a possibilidade de que outros países usem essas armas", acresentou.

Em referência ao suposto ataque químico do dia 21 de agosto na periferia de Damasco, Obama afirmou que "todo mundo ficou estarrecido com as imagens da Síria" e que, com a confiança de que o regime Assad está por trás do ataque, uma respostas precisa ser nada. "Nós temos que agir". 

"Ninguém questiona que armas químicas foram usadas, mas sim quem usou", disse Obama, após afirmar que nem o Irã, principal aliado do regime sírio, nem o próprio governo sírio negam que este tipo de armamento foi empregado no conflito. 

Guerra civil em fotos
AFP

O Terra compilou alguns dos principais materiais fotográficos disponibilizados ao longo destes mais de dois anos de guerra na Síria. Cada imagem leva a uma galeria que conta um episódio específico ou remete a uma situação importante do conflito.

Quanto à Rússia, aliada da Síria e que tem bloqueado no Conselho de Segurança da ONU seguidas resoluções condenando o regime de Assad, Obama afirmou esperar que o presidente russo Vladimir Putin mude de enfoque. "Sempre tenho esperança. Em última instância, podemos acabar com mortes muito mais rapidamente se a Rússia adotar uma abordagem diferente em relação a esses problemas", declarou.

Obama ainda expressou confiança de que o Congresso americano aprovará a intervenção militar na Síria e que o objetivo será reduzir a capacidade do regime Assad em usar armas químicas.

Reinfeldt, por sua vez, afirmou que a Suécia condena o uso de armas químicas na Síria "nos termos mais fortes possíveis". "É uma clara violação da lei internacional", afirmou. No entanto, o premiê sueco reiterou que a posição de seu país é que qualquer ação militar seja respaldada pela ONU. Ele também afirmou que é preciso ter um plano político para o que acontecerá na Síria após uma intervenção militar. 

Com informações de agências internacionais

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Fonte: Terra
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