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Mundo

Confrontos eclodem na Líbia no "Dia de Fúria" contra Kadafi

17 fev 2011 - 14h47
(atualizado às 15h18)
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Confrontos eclodiram em diversas cidades da Líbia nesta quinta-feira depois que a oposição convocou um dia de protestos, disseram a mídia e testemunhas, enquanto simpatizantes do líder Muammar Kadafi se reuniam na capital para se contrapor às manifestações.

info infográfico líbia infromações sobre o país
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Foto: AFP

Opositores de Kadafi, que se comunicavam anonimamente pela internet ou do exílio, haviam pedido à população que protestasse nesta quinta-feira, tentando realizar revoltas populares semelhantes às que depuseram os líderes dos vizinhos Tunísia e Egito.

Na capital do país, exportador de petróleo, não houve sinal de demonstrações de protesto, disse um jornalista da Reuters, somente manifestações pró-Gaddafi na Praça Verde, que gritavam "Estamos defendendo Kadafi!", segurando o retrato do líder.

Mas um morador na cidade de Al Bayda, no leste do país, disse à Reuters que houve um confronto entre partidários do governo e parentes de dois jovens mortos durante os protestos no dia anterior. Os choques começaram depois que os dois foram enterrados.

"A situação ainda é complicada", disse o morador, que deu as informações por telefone e não quis ser identificado. "Os jovens não querem ouvir o que os mais velhos têm a dizer."

O jornal líbio Quryna informou anteriormente que o chefe regional de segurança foi demitido por conta das duas mortes. Alguns relatos não-confirmados indicavam um número maior de mortos.

A entidade norte-americana Human Rights Watch disse que as autoridades líbias detiveram 14 ativistas, escritores e manifestantes que preparavam protestos contra o governo, enquanto linhas telefônicas foram cortados em partes do país.

Analistas dizem que uma revolta semelhante à do Egito é improvável porque o governo pode usar a renda do petróleo para minimizar a maioria dos problemas sociais.

Kadafi governa a Líbia desde 1969, e é o líder africano há mais tempo no poder. Agora o país começa a sentir os efeitos das revoltas que recentemente derrubaram ditaduras nos vizinhos Egito e Tunísia.

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