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África

Brics: "uso da força na Líbia deve ser evitado"

14 abr 2011 - 00h12
(atualizado às 01h34)
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"O uso da força na Líbia deve ser evitado, assim como em outros países do Oriente Médio onde há distúrbios", afirma o projeto de declaração dos países do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - reunidos em Sanya, na China.

"Partimos do princípio de que o uso da força deve ser evitado" na Líbia, destaca o projeto de declaração do Brics, que manifesta sua "profunda preocupação com os distúrbios no Oriente Médio e no norte e oeste da África".

Os cinco emergentes desejam que os países envolvidos "alcancem a paz, a estabilidade, a prosperidade e o progresso, e que ocupem dignamente seu papel no mundo em função das aspirações legítimas do povo".

A cúpula do Brics reúne a presidente Dilma Rousseff e seus colegas de China, Hu Jintao, Rússia, Dmitri Medvedev, África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

O banco de investimentos Goldman Sachs inventou o acrônimo Bric em 2001, em referência ao poderoso crescimento das quatro maiores economias emergentes. No fim de 2010, a China convidou a África do Sul para se unir ao grupo, que conta hoje com mais de 40% da população mundial.

O Brics representava 18% do PIB mundial em 2010, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), e o comércio entre os membros do grupo cresceu exponencialmente, passando de 38 bilhões de dólares em 2003 para um montante estimado de 220 bilhões em 2010.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

info infográfico líbia infromações sobre o país
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Foto: AFP
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