Atentado na Universidade de Aleppo deixa ao menos 80 mortos
Mais de 80 pessoas morreram e 160 ficaram feridas nesta terça-feira em duas explosões na universidade da cidade síria de Aleppo, em pleno período de provas, indicaram à AFP o governador da província e um médico do hospital universitário da cidade. Inicialmente, fontes indicavam 15 vítimas fatais, mas já alertavam que, dada a magnitude do atentado, o número poderia crescer drasticamente.
"O balanço (mais recente) do atentado terrorista, que teve como alvo nossos estudantes no primeiro dia de provas, chega a 83 mártires e mais de 150 feridos", afirmou o governador local, Mohammad Wahid Akkad. A informação também é confirmada por um médico do hospital universitário de Aleppo. Segundo Observatório Sírio de Direitos Humanos, essas 150 estão em estado muio grave.
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A causa da explosão ainda não foi esclarecida. A televisão estatal síria informou se tratar de um "ataque terrorista na Universidade de Aleppo", enquanto militantes anti-regime afirmam se tratar de um bombardeio aéreo. Uma fonte militar garante que a explosão foi provocada por um míssil terra-ar disparado pelos rebeldes que erraram seu alvo atingindo o campus. Outras fontes relatam um carro-bomba.
A universidade está localizada em uma área controlada pelo Exército. A cidade está dividida desde julho entre os rebeldes, que ocupam o norte, e militares pró-regime. A explosão danificou a Faculdade de Belas Artes e de Arquitetura, segundo estudantes. Apesar dos confrontos, a Universidade de Aleppo abriu suas portas em meados de outubro.