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Mundo

Ataques de forças de Kadafi matam 22 pessoas em Misrata

15 abr 2011 - 15h49
(atualizado às 17h00)
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Pelo menos 22 pessoas morreram e 50 ficaram feridas nesta sexta-feira nos ataques das forças de Muammar Kadafi contra a cidade de Misrata, segundo o canal de televisão Al Jazeera.

Galpão de empresa estrangeira arde nas chamas durante incêndio em Benghazi
Galpão de empresa estrangeira arde nas chamas durante incêndio em Benghazi
Foto: AP

Segundo as fontes rebeldes citadas por Al Jazeera, as forças de Kadafi bombardearam a cidade com mísseis Grad, fogo de artilharia carros de combate.

Do total, 15 deles se encontrávam na cidade de Misrata, ao leste de Trípoli, que há dois dias está submetida a um intenso bombardeio. Um médico do hospital da cidade disse à Al Jazeera que mais de 40 pessoas ficaram feridas, em sua maioria mulheres e crianças.

Durante as últimas 48 horas, mais de 40 pessoas, entre eles cinco cidadãos egípcios, morreram na cidade de Misrata, sitiada pelas forças leais ao regime de Trípoli durante quase dois meses. Um porta-voz dos rebeldes disse à Al Jazeera que a cidade portuária estava sendo bombardeando intensamente, enquanto em Ghnaimiya, ao sul da capital líbia, sete pessoas morreram e outras 11 pessoas também ficaram feridas nesta sexta-feira pelos bombardeios das tropas de Kadafi.

Por outra parte, os rebeldes anunciaram que tomaram o controle da parte oriental da cidade de Brega (cidade líbia) após intensos combates. Em março passado, os revolucionários tinham realizado uma ofensiva ao oeste de Benghazi e tomado o controle de várias cidades, incluindo Brega (cidade líbia) antes de sofrer um contra-ataque das forças fiéis a Kadafi e retirar-se a Ajdabiya.

Por sua vez, a agência oficial de notícias Jana anunciou nesta sexta-feira que os aviões de combate da Otan realizaram ataques aéreos contra Sirte, a cidade natal de Kadafi, e El Aziziya, ao sul de Trípoli.

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional

Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

EFE   
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