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Oriente Médio

Alto funcionário do Crescente Vermelho é morto a tiros na Síria

25 jan 2012 - 15h17
(atualizado às 15h43)
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O secretário-geral do Crescente Vermelho na Síria, Abdulrazak Jbero, morreu nesta quarta-feira após ser baleado por desconhecidos quando viajava de Damasco à cidade de Idlib (norte), informou à Efe o porta-voz da Cruz Vermelha no país, Saleh Dabakeh. A morte de Jbero também foi confirmada em Genebra por meio de um comunicado divulgado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Em reposta, a multidão gritava "Shabiha para sempre, para seus olhos, Assad", em referência às milícias leais ao governo
Em reposta, a multidão gritava "Shabiha para sempre, para seus olhos, Assad", em referência às milícias leais ao governo
Foto: AP

"Até agora desconhecemos as circunstâncias do fato, mas peço a todas as partes que estão recorrendo à violência que cessem suas ações contra os voluntários das organizações humanitárias", indicou Dabakeh. O porta-voz da Cruz Vermelha na Síria afirmou que "não é a primeira vez" que membros da organização sofrem ataques desde o início da revolta contra o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad, em março do ano passado.

Jbero, médico e diretor da seção do Crescente Vermelho em Idlib, trabalhou nesta entidade como voluntário durante mais de 20 anos, segundo explicou Dabakeh. Quanto à autoria do ataque, a agência oficial de notícias síria Sana atribuiu-a a "grupos terroristas", enquanto o grupo opositor Comitês da Coordenação Local (CCL) vinculou os disparos às forças de segurança. Em comunicado, os CCL informaram ainda da morte de dez pessoas, entre elas duas mulheres e dois menores de idade, em ações de repressão das forças leais a Assad.

Quatro dessas pessoas morreram na província oriental de Rif Damasco, três em Hama, duas em Homs e uma em Idlib. Esta nova jornada de violência acontece no dia seguinte ao anúncio da Liga Árabe de que solicitou apoio das Nações Unidas a seu plano paro o fim da violência na Síria, que estipula a saída de Assad do poder. Esta iniciativa foi rejeitada por Damasco, que a considera uma ingerência em seus assuntos internos e uma tentativa de internacionalizar a crise.

Apesar destas desavenças, o regime sírio aprovou na terça a continuação da missão de observadores árabes na Síria, que, no entanto, não conseguiu a cessação da violência no país.

EFE   
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