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Diante de impasse, rei da Espanha convoca eleição nacional para 26 de junho

3 mai 2016 - 17h14
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O rei Felipe da Espanha dissolveu o parlamento nesta terça-feira e convocou uma eleição legislativa no dia 26 de junho, a segunda em seis meses após uma votação inconclusiva no final de 2015 que deixou fragmentado o cenário político do país.

A marcação do novo pleito ocorre quatro meses depois de conversas infrutíferas para a formação de uma coalizão entre os quatro maiores partidos espanhóis, entre eles o Partido Popular (PP) conservador do primeiro-ministro interino, Mariano Rajoy, que conquistou a maioria dos votos em dezembro, mas perdeu sua maioria parlamentar.

"Vamos torcer para que tenhamos aprendido a lição e que o próximo parlamento chegue a um acordo (sobre a formação de um governo) o mais cedo possível", disse o presidente da Câmara dos Deputado, Patxi López, em uma coletiva de imprensa, confirmando que o rei assinou o decreto da eleição.

Realizada com um pano de fundo de penúria econômica e uma elite política manchada por acusações de corrupção, a votação anterior marcou o fim do domínio dos dois partidos tradicionais, o PP e o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que governavam a Espanha desde sua transição de volta à democracia em meados da década de 1970.

Sua base de apoio foi erodida pelo surgimento de duas novas legendas, Podemos e Ciudadanos.

Durante uma série de negociações, o quarteto de líderes partidários foi incapaz de superar suas significativas desavenças políticas, entre elas como administrar a economia e quanta autonomia conceder à Catalunha, uma potência regional.

Pesquisas de opinião levam a crer que o novo pleito também pode acabar em impasse, e os políticos estão se preparando para um aumento na abstenção dos muitos eleitores frustrados.

Alguns dos partidos já cogitam alianças. O Podemos pode se unir aos ex-comunistas da Esquerda Unida, o que poderia unir o voto à esquerda. Isso pode representar um grande desafio ao PSOE, que ficou em segundo lugar na eleição de dezembro.

O Podemos teve a terceira maior votação, e o Ciudadanos a quarta.      

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