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Mundo

Destruição de minarete do século 11 traz à luz ameças ao patrimônio da Síria

25 abr 2013 - 11h04
(atualizado às 11h44)
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A destruição de um minarete do século 11 em uma das mais famosas mesquitas da Síria nesta semana trouxe à luz os estragos que o conflito civil no país está impondo ao rico patrimônio arquitetônico da nação árabe.

Rebeldes e governo se acusam mutuamente pela destruição do minarete da Grande Mesquita, na cidade de Aleppo, no norte do país, que tem sido palco de fortes combates entre as duas facções.

A mesquita integra a chamada Cidade Velha de Aleppo, que é um Patrimônio Mundial da Unesco e era descrita pelo órgão como uma das mais belas do mundo islâmico.

A Grande Mesquita foi erguida durante a dinastia Umayyad, no ano de 715, em um local que havia anteriormente abrigado uma igreja bizantina.

A mesquita teve de ser reconstruída após ter sido danificada por um incêndio em 1159, e voltou a ser reconstruída em 1260, após uma invasão mongol.

A parte mais antiga ainda preservada da mesquita era o minarete - a torre da qual o muezim faz os chamados para as preces - de 45 metros, datado de 1090.

Outras partes do complexo da mesquita foram seriamente danificadas por tiros e bombardeios.

Danos diversos

Segundo a Unesco, pelo menos cinco dos seis locais da Síria classificados como Patrimônio Mundial foram danificados, entre eles a Cidade Velha de Damasco, a citadela islâmica de Palmira e a cidade de Bosra.

Além de danos provocados por bombas e tiros, o patrimônio sírio também vem sofrendo ameaças por conta de saqueadores, como os que invadiram e pilharam um dos mais bem preservados castelos dos cruzados em todo o mundo, o Crac des Chevaliers.

O conflito na Síria já dura dois anos e, segundo grupos de direitos humanos, já fez pelo menos 70 mil mortos.

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