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Cúpula árabe de Doha começa amanhã com atenções voltadas à oposição síria

25 mar 2013 - 16h22
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A cúpula anual de chefes de Estado e de governo árabes começa amanhã, terça-feira, em Doha com as atenções voltadas para o conflito sírio e, especialmente, na futura representação dos opositores ao regime do presidente sírio, Bashar al Assad, na Liga Árabe.

Na XXIV edição da cúpula árabe, que irá durar dois dias, deverão participar 16 chefes de Estado, entre eles o presidente egípcio, Mohammed Mursi, e o rei Abdullah II da Jordânia.

Por motivos de saúde, faltarão à reunião o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, e os presidentes dos Emirados Árabes Unidos, xeque Khalifa bin Zayed al-Nahyan; da Argélia, Abdelaziz Bouteflika; e do Iraque, Jalal Talabani, que serão substituídos por representantes do governo.

Os líderes árabes devem decidir se a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança de oposição, passará a ocupar o assento da Síria na organização pan-árabe, que em novembro de 2011 suspendeu a participação do regime de Assad em rejeição à repressão do governo.

As aspirações dos opositores representados na CNFROS haviam sido barradas pela oposição de países como a Argélia e o Iraque e pelas exigências árabes para que formassem um governo interino, ainda incompleto.

Quando parecia que o caminho estava se abrindo, o presidente da aliança, Muaz al-Khatib, apresentou sua renúncia.

A surpreendente renúncia do líder opositor ontem em protesto contra a suposta falta de apoio internacional coincidiu com a reunião em que os ministros árabes de Relações Exteriores negociavam a resolução que finalmente será adotada na cúpula.

Como convidado do encontro, Khatib disse hoje que fará o discurso previsto "em nome do povo sírio", apesar de que, da CNFROS, rejeitam a renúncia do presidente e insistem que ele vá à cúpula em qualidade de representante da coalizão.

Com ele, também viajaram para Doha o recém-eleito chefe do governo interino da oposição, Ghassan Hitto, e os dirigentes da aliança George Sabra, Soher al Atrasi e Mustafa Sabag.

O embaixador da CNFROS no Catar, Nizar al-Haraki, disse hoje à Agência Efe que Khatib ocupará a poltrona da Síria na cúpula e na Liga Árabe, e que a bandeira revolucionária síria será posta junto às dos demais países.

A coalizão, que abrange vários grupos opositores - com exceção de alguns do interior da Síria - projeta seu futuro político na cena política regional e internacional, e continua lutando para que se aumente a ajuda militar aos insurgentes para vencer Assad.

EFE   
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