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Europa

Crise não justifica fome no mundo, diz Papa; "há alimentos para todos"

20 jun 2013 - 08h31
(atualizado às 10h30)
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O papa Francisco denunciou a especulação financeira em torno dos preços dos alimentos e considerou como um "escândalo" o fato de milhões pessoas ainda passarem fome no mundo. Ao receber participantes de uma conferência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Pontíficie lembrou que a crise econômica, os conflitos e a mudança climática dificultam a luta contra a fome, mas que a produção de alimentos é suficiente para todos.

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Na última quarta, o papa Francisco deixou um menino fã do jogar Messi subir a bordo do Papamóvel
Foto: AP

"Precisamos encontrar uma maneira de fazer com que todos possam se beneficiar dos frutos da terra, não somente para evitar um aumento na diferença entre os que mais têm e os que têm que se conformar com migalhas, mas, sobretudo, por uma exigência de justiça, equidade e respeito a todos os seres humanos", afirmou o papa argentino, nesta quinta, no Vaticano.

Jorge Bergoglio fez uma chamada à comunidade internacional "fazer algo mais para dar vigor à ação internacional a favor dos pobres, não só armados de boa vontade ou, o que é pior, de promessas que frequentemente não são cumpridas". "A atual crise global não pode ser usada como álibi", disse, acrescentando que "a especulação financeira condiciona o preço dos alimentos como qualquer outra mercadoria e se esquecendo de seu destino primário".

"É necessário se opor aos interesses econômicos míopes e à lógica do poder de poucos, que excluem a maioria da população mundial e propagam a pobreza". Além de assinalar que a atual situação está "diretamente relacionada com fatores financeiros e econômicos", Bergoglio acrescentou que "a situação também é consequente de uma crise de convicções e valores, incluindo os que condicionam o fundamento da vida internacional".

O papa destacou então a necessidade da comunidade internacional e da própria FAO empreenderem uma séria de reconstrução, como a iniciada por este organismo "para garantir uma gestão mais funcional, transparente e equânime", e tomarem uma "maior consciência da responsabilidade de cada um". Em sua conclusão, o papa pediu ao organismo da ONU dar um novo impulso "aos processos de tomada de decisões" e que estes sejam caracterizados "pela promoção da cultura do encontro e da solidariedade".

EFE   
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