Reveja os 10 casos de desaparecimentos de crianças que marcaram a história, como do menino pedrinho e as da irmãs de Cleveland. As três jovens de Cleveland Amanda Berry, de 16 anos, Georgina de Jesus, de 14 anos, e Michelle Knight, de 21, desapareceram nas primeiras décadas dos anos 2000, na cidade de Cleveland, em Ohio, EUA. As três jovens foram mantidas em cativeiro por Ariel Castro e libertadas apenas em 2013.Durante os anos em que permaneceram reféns de Castro, as jovens sofreram com espancamentos e estupros, que resultaram no nascimento de uma menina de Berry e vários abortos de Knight. A libertação só veio após Berry, então com 26 anos, gritar por ajuda, durante um descuido de Castro, que esqueceu uma das portas internas da casa destrancada ao sair de casa. As mulheres e a filha de Berry, então com 6 anos, foram ouvidas e resgatadas por vizinhos, e pela polícia. Castro foi preso e condenado em 1º de agosto de 2013 à prisão perpétua, mas se suicidou três meses depois, em sua cela no centro de reabilitação Correcional de Orient, em Ohio. O desaparecimento de Berry foi o que causou mais comoção nacional, vindo a ganhar destaque nos programas de televisão America's Most Wanted e no Oprah Winfrey Show, assim como em vários noticiários. Megan Kanka Megan Kanka tinha apenas 7 anos quando desapareceu ao voltar para casa após um passeio de bicicleta em seu próprio bairro, em Nova Jersey, na década de 1990. Megan foi sequestrada, estuprada e assassinada por um agressor sexual que vivia do outro lado da rua. Ela foi imortalizada pela Megan’s Law, ou Lei da Megan, que prevê que pessoas condenadas por crimes sexuais contra crianças notifiquem a polícia local de qualquer mudança de endereço ou de emprego após a liberação da custódia. Uma fundação – a Megan Nicole Kanka Foundation – que tem como objetivo prevenir crimes contra crianças foi criada após o desaparecimento de Megan. Etan Patz O desaparecimento de Etan Patz, em 25 de maio de 1979, deixou a cidade de Nova York perplexa, em uma época em que o desaparecimento de crianças recebia pouca atenção dos políticos e da mídia. O menino, de seis anos, desapareceu quando caminhava até o ponto para pegar o ônibus escolar, em Manhattan. Sua foto passou a estampar caixas de leite em uma campanha a favor do seu reaparecimento, e o dia 25 de maio foi declarado o Dia Nacional da Criança Perdida. Seu corpo nunca foi encontrado. Um homem chamado Pedro Hernandez confessou ter estrangulado Etan em 2012, vindo a ser julgado e considerado culpado em novembro do mesmo ano. Virginia Dare Virginia Dare foi a primeira criança de pais ingleses a nascer no Novo Mundo. Logo após o seu nascimento, em 1587, a menina se tornou a garota propaganda no colonialismo americano. Sua família fazia parte dos 120 ingleses e inglesas que se estabeleceram na Ilha de Roanoke, no litoral do que é hoje a Carolina do Norte. Seu avô e governador da colônia viajou para a Inglaterra logo após o seu nascimento e quando finalmente voltou da viagem, três anos mais tarde, não achou nenhum sinal seu ou dos outros colonos. Tudo o que restou foi uma única pista: a palavra ‘Croatan’ esculpida no assentamento, o que levou muitos a acreditar que a tribo Croatan Native raptou ou assassinou todos os colonos. Desde então, a Ilha de Roanoke passou a ser conhecida como Lost Colony, ou a Colônia Perdida. Virginia Dare tornou-se uma figura proeminente na mitologia e no folclore americano, tendo sido personagem de livros, poemas, canções, histórias em quadrinhos, programas de televisão e filmes. Muitos lugares na Carolina do Norte e em outras partes do sul dos Estados Unidos receberam seu nome em sua honra. Charles Augustus Lindbergh Jr. O filho de dois meses do famoso aviador Charles Lindbergh desapareceu em 1° de maio de 1932. No berço da criança, havia sido deixado um recado: “Tenha US$ 50 mil prontos, em dois pacotes. Em quatro dias informaremos o senhor para pagar o resgate. Advertimos que o senhor não torne o caso público ou notifique a polícia”. A família pagou o resgate, mas a criança nunca foi devolvida. A caçada continuou e 72 dias depois, o corpo de em decomposição de Charles Augustus Lindbergh Jr foi descoberto próximo aos vales perto da casa de Lindbergh, em Hopewell, Nova Jersey. O menino havia sido espancado até a morte. Dois anos mais tarde, a polícia rastreou o dinheiro, que estava na posse do carpinteiro alemão Bruno Hauptmann. O homem foi acusado e condenado a pena de morte. Até o dia de sua eletrocussão, jurou ser inocente. A tragédia inspirou o Congresso a passar a Lei Federal de Sequestro, também conhecida como a Lei Lindbergh, que prevê a intervenção de autoridades federais e a perseguição de sequestradores que atravessam fronteiras estaduais com suas vítimas. As crianças Beaumont O desaparecimento dos irmãos Beaumont na praia Glenelg, durante o Australia Day, em 1996, deu início a maior investigação que o país já viu e marcou para sempre a história criminal da Austrália. Jane, de 9 anos, Arnna, de 7, e Grant, de 4, decidiram ir sozinhos até à praia Glenelg, que ficava a cerca de 5 minutos de sua casa. Seus pais avisaram a polícia quando o trio não voltou no horário previsto. Soube-se mais tarde que as crianças estiveram na presença de um homem loiro na praia. Aquela foi a última vez que os irmãos Beaumont foram vistos. Daniel Morcombe Daniel Morcombe tinha13 anos quando desapareceu em 7dezembro de 2003, enquanto esperava um ônibus em Sunshine Coast para comprar presentes de Natal para a família. A investigação de seu desaparecimento foi uma das mais extensas na história da cidade de Queensland, em grande parte pela determinação da família de Daniel, que criou a Fundação Daniel Marcombe para descobrir a verdade em torno do desaparecimento do filho. Em agosto de 2011, Brett Peter Cowan, um ex-morador de Sunshine Coast, foi acusado de assassinato de Morcombe. Em 13 de março de 2014, Cowan foi considerado culpado e condenado à prisão perpétua. Jaycee Lee Dugard Jaycee caminhava até o ponto de ônibus quando foi sequestrada em 10 de junho de 1991, na Califórnia. A menina, com então 11 anos, permaneceu desaparecida por 18 anos, vindo a ser encontrada apenas em 2009. Soube-se mais tarde que o criminoso sexual Phillip Garrido e sua esposa Nancy, mantiveram Jaycee prisioneira em uma área escondida atrás de sua casa. Como resultado dos sucessivos estupros que sofreu, Jaycee teve duas filhas. As meninas tinham 11 e 15 anos quando a mãe foi libertada. Pedrinho Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, foi levado pela enfermeira Vilma Martins Costa horas após o seu nascimento de uma maternidade de Brasília em 21 de janeiro de 1986. Os pais do garoto, Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Rosalino Braule Pinto comoveram o país durante os 16 anos em que procuraram pelo filho desaparecido. Seu caso foi divulgado em sites de crianças desaparecidas no Brasil e no exterior. O desaparecimento de Pedrinho chegou ao fim em 2002, quando a neta do ex-marido da sequestradora viu um foto de Jayro Tapajós, pai do desaparecido, no site Missing Kids, e notou semelhanças com Pedrinho. Após fazer uma denúncia anônima, Vilma Martins passou a ser investigada. Um exame de DNA provou que Predinho era o filho desaparecido de Jayro e Maria, e em 23 de novembro do mesmo ano, o jovem conheceu os pais biológicos. Vilma Martins foi condenada em 2003 pelo sequestro de Pedrinho e de Aparecida Ribeiro da Silva, falsidade ideológica e estelionato. Ela ganhou a liberdade condicional em agosto de 2008 e passou a viver com a “filha” sequestrada, que não retomou o convívio com a família biológica. Carlinhos Carlos Ramires da Costa desapareceu em 1973, no Rio de Janeiro aos 10 anos. Seu caso ganhou grande repercussão nacional por conta do aparecimento de inúmeros suspeitos e informações controversas. Carlinhos foi levado de dentro de sua casa, durante uma invasão. Os criminosos deixaram um recado para os pais do menino informando o local e a data para o pagamento do resgate, mas nunca apareceram no lugar combinado. A mãe do menino chegou a ser apontada como a principal suspeita do crime por conta da frieza com que recebeu a notícia do desaparecimento do filho. O pai do menino também levantou suspeitas da polícia por estar enfrentando dificuldades financeiras. Os investigadores não descartaram a possibilidade de o homem ter forjado o sequestro do próprio filho para ficar com o dinheiro do resgate. Diretores da clínica médica Dr. Filizzola, localizada ao lado da casa da família de Carlinhos também chegaram a ser alvo de suspeitas, por terem oferecido dinheiro ao pai do menino, João Mello da Costa, para comprar sua casa, proposta que foi recusada pela família. Em janeiro de 1974, o assaltante Adilson Cândido da Silva se entregou à polícia alegando ser o sequestrador de Carlinhos. Ele afirmava ter jogado o corpo do mar, a pedido do pai do garoto. Testes feitos em uma ossada encontrada na Ilha do Governador, seis meses após o desaparecimento de Carlinhos, provaram que ela não era do menino desaparecido. Quatro anos após o sequestro, uma das irmãs de Carlinhos reconheceu Sílvio Azevedo Pereira, funcionário do laboratório do pai, como sequestrador. Ela teria sentido um forte odor semelhante aos dos produtos farmacêuticos manipulados no laboratório de João Mello. O homem chegou a ser condenado, mas foi absolvido após seus advogados recorrerem da sentença. Carlinhos nunca foi encontrado. mais especiais de noticias