Confira sete pontos fundamentais para entender as eleições na Venezuela
Nicolás Maduro, o herdeiro de Chávez, e Henrique Capriles, derrotado pelo fundador do chavismo na última eleição, são os principais candidatos no pleito de 14 de abril
A campanha para eleger o sucessor do presidente venezuelano Hugo Chávez, que morreu no início de março, começa oficialmente nesta terça-feira e terminará em somente dez dias.
Especialistas acreditam que a luta pelo poder na Venezuela será uma das mais acirradas na história do país.
Nas eleições do dia 14 de abril, a oposição voltará a concorrer à vaga deixada por Chávez com um único candidato, Henrique Capriles, que havia sido derrotado pelo então presidente venezuelano em outubro passado.
A intenção dos opositores é pôr fim a 14 anos de governo chavista na Venezuela.
A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, preparou este guia com os sete elementos-chave para entender esta eleição.
Candidatos
Apesar de estarem na disputa oficialmente sete candidatos, na prática apenas dois devem ganhar mais destaque nas urnas - o vice de Chávez e agora presidente interino, Nicolás Maduro, e Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda (norte do país), que em outubro passado foi derrotado por Chávez.
Durante toda a pré-campanha, Maduro, que já disse ser "apóstolo de Chávez", buscou manter viva a memória do presidente venezuelano para tentar herdar seu capital eleitoral.
A todo momento, ele tem prometido manter as políticas sociais criadas pelo presidente venezuelano sob pena de evitar que a "extrema direita parasitária" chegue ao poder.
Já Capriles vem minimizando a conexão de seu adversário com o falecido presidente, reiterando que Maduro era um dos ministros que o próprio Chávez acusava de ser ineficiente e repreendia em público. Capriles também acusa Maduro de ser responsável pelo que chamou de os "cem piores dias" da gestão chavista, quando Maduro substituiu o presidente doente.
O governador de Miranda se apresenta como a única alternativa frente ao enorme problema de insegurança que afeta o país. Ele também promete recuperar a democracia e dar impulso da economia, mantendo os benefícios das políticas sociais chavistas.
Boca de urna
A maioria das pesquisas de intenção de voto tem dado considerável vantagem a Maduro. Segundo a empresa GIS XXI, controlada pelo ex-ministro chavista Jesse Chacón, Maduro teria 55% das intenções de votos e Capriles, 44%, cenário semelhante ao das eleições presidenciais do ano passado, quando Chávez obteve 55% dos votos e Capriles, 45%.
Outra sondagem foi realizada pela companhia Hinterlaces dá o mesmo porcentual a Maduro (55%), mas reduz a intenção de voto para Capriles (35%).
Já para o instituto Datanálisis Maduro teria 49% das intenções de voto, enquanto Capriles, 34%.
A oposição, entretanto, desconfia dos números. Para ela, as pesquisas são o retrato de um momento e não refletem a realidade, pois mostram um cenário de comoção com a morte de Chávez, que favoreceria Maduro.
Agenda
Criminalidade e desabastecimento, os dois problemas que mais preocupam os venezuelanos atualmente, foram questões que ambos os candidatos abordaram exaustivamente em suas pré-campanhas.
A campanha voltará a ter como um dos protagonistas a taxa de homicídios, que é de 54 por cada 100 mil habitantes, segundo o governo, e de 73 por cada 100 mil habitantes, de acordo com o Observatório Venezuelano da Violência.
Maduro e Capriles, entretanto, têm visões diferentes sobre por que a taxa subiu e sobre possíveis soluções para o problema.
Para o primeiro, o crescimento dos homicídios está associado ao capitalismo e aos valores promovidos pelos meios de comunicação privados.
Já para o segundo, o problema é resultado da ineficiência e da falta de vontade política por parte do governo.
A economia também polariza os dois principais candidatos à presidência da Venezuela. Segundo relatos da oposição, a inflação no país supera os 20%. Já o desabastecimento oficialmente atinge o mesmo porcentual, embora existam estimativas de que chega a 38%.
A versão oficial credita a subida dos preços aos especuladores. O governo também destaca que a Venezuela é o país menos desigual da região, além de ter reduzido a pobreza extrema de quase 30% em 2003 para 6% em 2012.
Para a oposição, o governo de Chávez desperdiçou uma oportunidade histórica, com a alta do preço do petróleo, de viabilizar a prosperidade econômica e social do país nos últimos anos.
5 de março - Vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anuncia a morte de Hugo Chávez em cadeia de televisão
Foto: AFP
5 de março - Vice-presidente venezuelano, Nicolas Maduro, anuncia a morte de Chávez acompanhado de grande parte dos mais altos cargos do governo
Foto: Reuters
5 de março - "Comandante Chávez, obrigado por tudo o que fez por esse povo", afirmou, emocionado, o encarregado de substituir o presidente venezuelano
Foto: Reuters
5 de março - Simpatizantes do presidente venezuelano, Hugo Chávez, rezam dentro de capela localizada nos arredores de hospital militar onde o líder do país está internado, em Caracas. O governo venezuelano informou que Chávez está sofrendo de uma grave nova infecção respiratória
Foto: Reuters
5 de março - Manifestantes reagem em frente ao hospital enquanto aguardam por notícias sobre a saúde de Chávez
Foto: AFP
5 de março - Homem lê jornal que anuncia a piora na saúde de Chávez
Foto: AFP
5 de março - Simpatizante de Chávez reza em capela do lado de fora do hospital em que o presidente está internado
Foto: Reuters
5 de março - Venezuelanos oram pela saúde de seu presidente
Foto: AFP
5 de março - Jovens passam com cartaz com a imagem de Chávez
Foto: AFP
5 de março - Homem se ajoelha em oração pela saúde de Chávez
Foto: AFP
5 de março - Estudantes dormem em bloqueio organizado em avenida de Caracas como protesto para exigir a verdade sobre a saúde de Chávez
Foto: AFP
5 de março - Venezuelana ora em uma capela do lado de fora do hospital militar em Caracas
Foto: Reuters
5 de março - Venezuelanos choram ao receber a notícia da morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez
Foto: AP
5 de março - Venezuelana chora em Caracas ao receber a notícia da morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez
Foto: AP
5 de março - Venezuelanos gritam "Viva, Chávez" e cantam o hino do país em Caracas após a morte de Chávez
Foto: AP
5 de março - Venezuelanos choram após ouvir pronunciamento do vice-presidente do país
Foto: Reuters
5 de março - Apoiadores de Hugo Chávez choram a morte do presidente venezuelano
Foto: AP
5 de março - Apoiadores de Hugo Chávez choram a morte do presidente venezuelano
Foto: AP
5 de março - Apoiadores de Hugo Chávez choram a morte do presidente venezuelano
Foto: AP
5 de março - Venezuelanas se abraçam ao receber da notícia da morte de Chávez
Foto: AFP
5 de março - Mulher segura imagem do líder venezuelano
Foto: AFP
5 de março - Estudante venezuelano que se acorrentou exigindo do governo informações sobre o estado de saúde de Chávez deixa local após anúncio da morte
Foto: AFP
5 de março - Policial caminha em volta dos pertences dos estudantes que se acorrentaram exigindo informações sobre estado de saúde de Chávez
Foto: AFP
5 de março - Clima é de tristeza no país após anúncio da morte do presidente
Foto: Reuters
5 de março - Do lado de fora do Hospital Militar de Caracas, apoiadores de Chávez choram após anúncio da sua morte em cadeia de TV pelo vice-presidente Nicolas Maduro
Foto: AP
5 de março - Do lado de fora do Hospital Militar de Caracas, apoiadores de Chávez choram após anúncio da sua morte em cadeia de TV pelo vice-presidente Nicolas Maduro
Foto: AP
5 de março - Estudantes que se acorrentaram exigindo do governo informações sobre o real estado de saúde de Chávez deixam acampamento após anúncio da morte do presidente venezuelano
Foto: AFP
5 de março - Estudantes que se acorrentaram exigindo do governo informações sobre o real estado de saúde de Chávez deixam acampamento após anúncio da morte do presidente venezuelano
Foto: AFP
5 de março - Bombeiro apaga incêndio provocado por apoiadores de Chávez em acampamento de estudantes que estavam acorrentados exigindo informações sobre a saúde do presidente. Eles deixaram o local logo depois do anúncio da morte do presidente venezuelano
Foto: AFP
5 de março - Bombeiro apaga incêndio provocado por apoiadores de Chávez em acampamento de estudantes que estavam acorrentados exigindo informações sobre a saúde do presidente. Eles deixaram o local logo depois do anúncio da morte do presidente venezuelano
Foto: AFP
5 de março - Bombeiro apaga incêndio provocado por apoiadores de Chávez em acampamento de estudantes que estavam acorrentados exigindo informações sobre a saúde do presidente. Eles deixaram o local logo depois do anúncio da morte do presidente venezuelano
Foto: AFP
5 de março - Apoiadora de Hugo Chávez recebe apoio de militar do lado de fora do hospital em Caracas
Foto: AP
5 de março - Apoiadores do presidente venezuelano choram após vice-presidente do país anunciar a morte do líder
Foto: Reuters
5 de março - Apoiadores do presidente venezuelano choram após vice-presidente do país anunciar a morte do líder
Foto: Reuters
5 de março - Apoiadores do presidente venezuelano choram após vice-presidente do país anunciar a morte do líder
Foto: Reuters
5 de março - Exército faz a segurança do Hospital Militar em Caracas
Foto: Reuters
5 de março - Clima é de tristeza nas Praça Bolívar, em Caracas, onde venezuelanos carregam imagens de Hugo Chávez
Foto: Reuters
5 de março - Clima é de tristeza nas Praça Bolívar, em Caracas, onde venezuelanos carregam imagens de Hugo Chávez
Foto: Reuters
5 de março - Embaixada da Venezuela em San José, na Costa Rica, tem bandeira a meio mastro
Foto: Reuters
5 de março - Clima é de tristeza nas Praça Bolívar, em Caracas, onde venezuelanos carregam imagens de Hugo Chávez
Foto: Reuters
5 de março - Soldados da Guarda Nacional permanecem do lado de fora do Hospital Militar em Caracas
Foto: AP
5 de março - Seguidores de Chávez choram na praça Bolívar, em Caracas
Foto: EFE
5 de março - Seguidores de Chávez choram na praça Bolívar, em Caracas
Foto: EFE
5 de março - Centenas de pessoas se reúnem na Praça Bolívar após a morte de Chávez
Foto: EFE
5 de março - Venezuelano balança um retrato de Chávez em frente ao Hospital Militar em Caracas
Foto: AFP
5 de março - Apoiadores de Chávez carregam a bandeira do país em frente ao Hospital Militar em Caracas
Foto: AFP
5 de março - Mulher chora em Caracas após a morte de Chávez
Foto: AFP
6 de março - Em razão da morte de Hugo Chávez, a bandeira venezuelana é vista hasteada a meio mastro no consulado do país em São Paulo
Foto: Alex Falcão / Futura Press
6 de março - Milhares de apoiadores de Hugo Chávez permanecem em vigília em frente ao Hospital Militar de Caracas, onde o presidente venezuelano estava internado havia duas semanas
Foto: EFE
6 de março - Venezuelanos choram, rezam e cantam o hino nacional em Caracas
Foto: EFE
6 de março - Milhares de apoiadores de Hugo Chávez permanecem em vigília em frente ao Hospital Militar de Caracas, onde o presidente venezuelano estava internado havia duas semanas
Foto: EFE
6 de março - Venezuelanos leem jornal com a notícia da morte do presidente do país
Foto: EFE
6 de março - Venezuelanos leem jornal com a notícia da morte do presidente do país
Foto: EFE
6 de março - Milhares de apoiadores de Chávez permanecem em frente ao Hospital Militar de Caracas, onde Chávez estava internado havia duas semanas. Venezuelanos homenageiam líder com aplausos, gritos ou cantando o hino nacional
Foto: EFE
6 de março - Milhares de apoiadores de Chávez permanecem em frente ao Hospital Militar de Caracas, onde Chávez estava internado havia duas semanas. Venezuelanos homenageiam líder com aplausos, gritos ou cantando o hino nacional
Foto: EFE
6 de março - Jornais venezuelanos dedicaram suas capas à morte do presidente Hugo Chávez
Foto: AFP
6 de março - Passageiros do metrô em Caracas leem os principais jornais locais no dia seguinte à morte de Chàvez
Foto: AFP
6 de março - Jornais venezuelanos dedicaram suas capas à morte do presidente Hugo Chávez
Foto: AFP
6 de março - Jornais venezuelanos dedicaram suas capas à morte do presidente Hugo Chávez
Foto: AFP
6 de março - Em luto pela morte do líder da Venezuela, mulher chora enquanto segura foto de Chávez no hospital: uma de suas últimas imagens divulgadas
Foto: Reuters
6 de março - Apoiadora do presidente venezuelano Hugo Chávez segura sua imagem enquanto chora
Foto: AP
6 de março - Venezuelanos amanheceram em luto devido à morte do popular líder socialista, que em seus 14 anos de governo ficou conhecido como um "herói" dos pobres
Foto: Reuters
6 de março - Apoiadoras de Chávez choram ao se despedir de Chávez em frente ao Hospital Militar, onde ele estava internado
Foto: AFP
6 de março - Velas, flores e uma tradicional garrafa de vodca aparecem ao lado de imagem de Hugo Chávez na parte externa da embaixada venezuelana em Moscou, na Rússia
Foto: AP
6 de março - Imagem da televisão venezuelana Telesur mostra o caixão de Chávez sendo preparado para iniciar o cortejo
Foto: Telesur / FramePhoto
6 de março - Imagem da Telesur mostra uma multidão acompanha o caixão de Chávez
Foto: Telesur / AFP
6 de março - O cortejo fúnebre do presidente venezuelano Hugo Chávez saiu nesta quarta-feira do hospital militar de Caracas para se dirigir até a Academia Militar, na presença de familiares, dirigentes e milhares de seguidores que choravam a morte de seu chefe de Estado
Foto: EFE
6 de março - Centenas de pessoas acompanham cortejo fúnebre do corpo de Hugo Chávez em uma rua de Caracas, na Venezuela. O primeiro dia após o anúncio de sua morte foi marcado por tristeza e homenagens em todo o país
Foto: EFE
6 de março - O caixão, coberto pela bandeira venezuelana, apareceu na entrada do hospital militar de Caracas, ao som do hino nacional venezuelano
Foto: EFE
6 de março - O carro que levará o caixão de Chávez durante o cortejo deve ser acompanhado por quatro cavalos negros. Um deles levará a cadeira do governante
Foto: EFE
6 de março - O vice-presidente Nicolás Maduro, que assume a presidência de maneira interina, até as eleições dentro de 30 dias, decretou sete dias de luto nacional e a suspensão das aulas nesta semana para que todos os venezuelanos possam se despedir do líder
Foto: EFE
6 de março - Apoiador chora a perda do presidente da Venezuela: o governo decretou sete dias de luto oficial no país
Foto: EFE
6 de março - Coberto com a bandeira da Venezuela, caixão que carrega o corpo de Hugo Chávez é levado do hospital onde ele morreu em direção à Academia Militar onde deve permanecer até seu funeral, em Caracas
Foto: AP
6 de março - Centenas de pessoas tomam as ruas da capital venezuelana para prestar sua última homenagem a Hugo Chávez no caminho até a Academia Militar
Foto: AFP
6 de março - Bandeira venezuelana cobre o caixão do mandatário
Foto: AFP
6 de março - Presidente boliviano, Evo Morales, acompanha o cortejo que leva o caixão com o corpo de Chávez até a Academia Militar
Foto: AFP
6 de março - O presidente em exercício da Venezuela, Nicolas Maduro, acompanha o cortejo fúnebre de Chávez
Foto: AFP
6 de março - O presidente boliviano, Evo Morales, e o vice de Chávez, Nicolas Maduro, participam do cortejo em Caracas
Foto: Reprodução
6 de março - O presidente boliviano, Evo Morales, e o vice de Chávez, Nicolas Maduro, acompanham o cortejo com milhares de apoiadores do presidente venezuelano
Foto: EFE
6 de março - O presidente boliviano, Evo Morales, e o vice de Chávez, Nicolas Maduro, acompanham o cortejo com milhares de apoiadores do presidente venezuelano
Foto: EFE
6 de março - Multidão acompanha cortejo de Chávez pelas ruas de Caracas
Foto: Reuters
6 de março - Multidão acompanha cortejo de Chávez pelas ruas de Caracas
Foto: Reuters
6 de março - Milhares de apoiadores seguem cortejo de Chávez até a Academia Militar, onde o corpo do presidente será velado até sexta-feira
Foto: Reuters
6 de março - Milhares de apoiadores seguem cortejo de Chávez até a Academia Militar, onde o corpo do presidente será velado até sexta-feira
Foto: Reuters
6 de março - Carro que leva o caixão segue pelas ruas de Caracas no trajeto entre o hospital e a Academia Militar, onde ocorrerá o velório
Foto: Reuters
6 de março - O presidente boliviano Evio Morales, o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, e o presidente interino da Venezuela, Nicolas Maduro, acompanham o cortejo em sua chegada à Academia Militar, onde o corpo de Chávez será velado até sexta-feira
Foto: AFP
6 de março - Milhares de pessoas acompanham o cortejo em sua chegada à Academia Militar, onde o corpo de Chávez será velado até sexta-feira
Foto: EFE
6 de março - Milhares de pessoas acompanham o cortejo em sua chegada à Academia Militar, onde o corpo de Chávez será velado até sexta-feira
Foto: EFE
6 de março - Membro da cavalaria acompanha o cortejo
Foto: EFE
6 de março - Milhares de pessoas acompanham o cortejo em sua chegada à Academia Militar, onde o corpo de Chávez será velado até sexta-feira
Foto: EFE
6 de março - Bonés, flores e cartazes são deixados por apoiadores no veículo que transportava o caixão de Chávez do hospital até a Academia Militar
Foto: Reprodução
6 de março - Bonés, flores e cartazes são deixados por apoiadores no veículo que transportava o caixão de Chávez do hospital até a Academia Militar
Foto: Reprodução
6 de março - Caixão com o corpo de Chávez é retirado do carro na Academia Militar, após um cortejo de seis horas que reuniu milhares de pessoas pelas ruas de Caracas
Foto: AP
6 de março - Caixão com o corpo de Chávez é retirado do carro na Academia Militar, após um cortejo de seis horas que reuniu milhares de pessoas pelas ruas de Caracas
Foto: AP
6 de março - A filha de Hugo Chávez Rosa Virginia abana para apoiadores ao chegar de ônibus à Academia Militar, onde o corpo do líder venezuelano será velado até sexta-feira
Foto: AP
6 de março - A filha de Hugo Chávez Rosa Virginia abana para apoiadores ao chegar de ônibus à Academia Militar, onde o corpo do líder venezuelano será velado até sexta-feira
Foto: Reuters
6 de março -Apoiadores estendem uma bandeira venezuelana do lado de fora da Academia Militar, onde o corpo de Chávez está sendo velado
Foto: Reuters
6 de março - Apoiadores estendem uma bandeira venezuelana do lado de fora da Academia Militar, onde o corpo de Chávez está sendo velado
Foto: Reprodução
6 de março - Imagens aéreas mostram a multidão que seguiu o cortejo
Foto: AFP
6 de março - O carro com o corpo de Chávez saiu antes do meio dia do centro de Caracas
Foto: AFP
6 de março - Vestidos de vermelho, apoiadores acompanharam as quase sete horas de cortejo pelas ruas de Caracas
Foto: AFP
6 de março - Imagens aéreas mostram a multidão que seguiu o cortejo
Foto: AFP
6 de março - Imagens aéreas mostram a multidão que seguiu o cortejo
Foto: AFP
6 de março - Diego Molero, ministro da Defesa da Venezuela, toma a frente na fila de oficiais carregando o caixão de Hugo Chávez
Foto: EFE
6 de março - O corpo de Chávez é transportado até a Academia Militar de Caracas por oficiais, seguidos por uma multidão
Foto: AFP
6 de março - Nicolás Maduro (à esq.), vice-presidente, e Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional, ficam ao lado do caixão de Chávez
Foto: EFE
6 de março - Cristina Kirchner, Jose Mujica e Evo Morales, presidentes da Argentina, Uruguai e Bolívia, respectivamente da esquerda para a direita, prestam sua homenagem a Hugo Chávez durante o velório
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6 de março - Elena Frias, mãe de Hugo Chávez, participa do velório do filho
Foto: AP
7 de março - Muitas pessoas ficaram horas na fila, que varou a madrugada
Foto: EFE
7 de março - Multidão formou fila para poder passar pelo caixão de Hugo Chávez durante o velório do líder venezuelano
Foto: EFE
7 de março - Seguidores do presidente venezuelano se emocionaram na despedida
Foto: EFE
7 de março - Milhares de pessoas fazem fila par dar o último adeus a Chávez
Foto: EFE
7 de março - Mesmo durante a madrugada, chegavam ônibus de todo o país com simpatizantes de Chávez
Foto: EFE
7 de março - A televisão oficial mostrou imagens do caixão semidescoberto
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7 de março - Multidão aguarda até 9 horas na fila para se despedir de Hugo Chávez
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7 de março - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, deixou a Venezuela nesta quinta-feira
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7 de março - Muitas pessoas que estavam na fila para ver o corpo de Chávez passaram mal com o forte calor
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7 de março - O sepultamento será no Museu da Revolução, em Caracas
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7 de março - O vice-presidente Nicolás Maduro anunciou que o corpo do mandatário será embalsamado
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7 de março - Homenagem faz referência ao dia 4 de fevereiro de 1992, quando Hugo Chávez liderou um golpe de Estado
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7 de março - Muitos faziam saudação militar em frente ao caixão de Chávez
Foto: AFP
7 de março - Durante todo o dia, milhares de pessoas passaram pelo velório
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8 de março - Multidão toma as imediações da Academia Militar, onde acontece o funeral de Chávez
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8 de março -Com imagens do ex-mandatário e bandeira, os simpatizantes de Chávez esperam para se despedir
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8 de março -Passa de 10 horas a espera para ver o corpo do ex-presidente venezuelano
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8 de março -Mulher passa mal na fila para chegar à Academia Militar de Caracas
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8 de março -Jogar cartas, cantar e gritar slogans em homenagem ao presidente: tudo é válido para suportar as longas horas de espera para chegar à capela ardente
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8 de março - Por toda parte, os venezuelanos aguardam indiferentes ao lixo acumulado em dois dias de peregrinação popular para chegar ao caixão de Chávez
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8 de março - Multidão aguarda para entrar na Academia Militar de Caracas e se despedir de Chávez
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7 de março - O presidente equatoriano, Rafael Correa, e sua mulher, Anne Malherbe, se despedem de Chávez
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7 de março - Acompanhados da filha de Chávez Rosa Virginia (esq.), o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff se emocionam durante o velório do venezuelano
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7 de março - A ex-senadora colombiana Piedad Córdoba é consolada por Nicolás Maduro ao se despedir de Chávez
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7 de março - O presidente interino Nicolás Maduro conforta seguidora de Chávez durante o velório
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7 de março - O pai de Hugo Chávez, Hugo de los Reyes Chávez, conforta sua mulher, Elena Frias, durante o velório
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7 de março - O presidente cubano, Raúl Castro, bate continência para o caixão de Chávez durante o velório
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8 de março - Simpatizantes de Chávez esperam para ver o corpo de Chávez do lado de fora da Academia Militar, em Caracas
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8 de março - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, chega para a cerimônia
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8 de março - O presidente do Peru, Ollanta Humala (esq.), e sua mulher, Nadine, também marcaram presença no funeral de Chávez
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8 de março - Nicolás Maduro, que assume a presidência interinamente nesta sexta, chega para o funeral de Hugo Chávez na Academia Militar, em Caracas
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8 de março - Evo Morales (dir.), da Bolívia, e Fernando Lugo, ex-presidente paraguaio, cumprimentam a multidão na chegada
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8 de março - O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega (esq.), compareceu ao lado da mulher, Rosario
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8 de março - Raúl Castro, amigo de Chávez que o recebeu em Cuba na luta contra o câncer, foi um dos líderes latinos presentes no funeral do venezuelano
Foto: AFP
15 de março - Centenas de pessoas se preparam para acompanhar o cortejo fúnebre que levará o caixão de Hugo Chávez ao ao Quartel da Montanha ou Museu da Revolução
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15 de março - O caixão será levado em uma comitiva do Forte Tiuna, o principal destacamento militar de Caracas e onde fica a Academia Militar, em um percurso de mais de 18 quilômetros
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15 de março - Seguidora de Chávez exibe bandeira venezuelana com o rosto dele e do líder cubano Fidel Castro
Foto: EFE
15 de março - Membros da Guarda do Povo fazem a proteção da pessoas reunidas para acompanhar o cortejo
Foto: EFE
15 de março - Com foto de Chávez, seguidor aguarda para despedida final do falecido presidente
Foto: EFE
15 de março - O caixão com o corpo de Chávez foi transladado da capela da Academia Militar para o Museu da Revolução, no Quartel da Montanha, também em Caracas
Foto: EFE
15 de março - O caixão com o corpo de Chávez foi transladado da capela da Academia Militar para o Museu da Revolução, no Quartel da Montanha, também em Caracas
Foto: EFE
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Abstenção
Na Venezuela, o voto não é obrigatório. Por isso, a abstenção é outra tema que permeia as campanhas.
Nas últimas eleições presidenciais, vencidas por Chávez com 55% dos votos, a participação foi de cerca de 80% do universo total de eleitores do país.
Já nas eleições regionais de dezembro passado, quando o presidente venezuelano já se encontrava hospitalizado, a taxa caiu para 54%.
A estratégia da oposição é convencer os eleitores de Capriles a votarem nele novamente, enquanto espera que Maduro perca cerca de um terço dos votos de Chávez.
"Mas será difícil convencer os chavistas a não votar", afirmou à BBC Mundo o cientista política Javier Corrales, especialista em assuntos latino-americanos do Amherst College, nos EUA.
Sistema eleitoral
Os venezuelanos, particularmente os simpatizantes do governo, confiam cegamente no sistema eleitoral do país. Tal sentimento é, em parte, partilhado pela oposição, que reconhece os resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral, órgão do governo responsável pela contagem dos votos.
Entretanto, críticos denunciam desequilíbrios e abusos do poder no sistema eleitoral, inclusive dentro o conselho.
O CNE é dirigido por cinco membros. Os chavistas acusam um deles de estar a serviço da oposição, enquanto os opositores, por outro lado, alegam que os outro quatro são alinhados ao governo, entre eles, a presidente do conselho, Tibisay Lucena.
Embora tenha descartado qualquer possibilidade de fraude, Vícente Díaz, outro membro do órgão, afirmou que "do ponto de vista político, a disputa (eleitoral) é totalmente injusta e abusiva".
"A injustiça eleitoral é combatida por meio do voto. E isso se dá por meio da renovação das autoridades públicas", afirmou Díaz.
Vantagem
Segundo o cientista político Javier Corrales - que analisou campanhas presidenciais na América Latina desde 1984 -, na região, o presidente tradicionalmente tem larga vantagem no caso de uma eventual campanha para a reeleição.
O estudo de Corrales mostra que, de 1989 a 2011, um presidente candidato a um novo mandato foi derrotado apenas duas vezes na América Latina: Daniel Ortega, na Nicarágua, em 1990, e Hipólito Mejía, na República Dominicana, em 2004.
Para o cientista, uma das explicações para a força dos presidentes candidatos à reeleição são os laços emocionais que os latino-americanos desenvolvem em relação a seus líderes, como foi o caso de Chávez. Outras razões são a tendência de querer manter o status quo, além de facilitar o repasse dos recursos federais aos Estados.
O cientista político destaca ainda que os 11 pontos que separaram Capriles da Presidência venezuelana em outubro do ano passado foram a menor desvantagem contra um presidente que tentava a reeleição na história latino-americana.
Agora, o candidato do Chavismo não é Chávez, mas Maduro. Ainda assim, Corrales acredita que Maduro tem a tendência de ganhar, "mas não por muito".
Formalmente, Maduro não concorre à reeleição - ele está no poder para substituir Chávez, que amealhou durante anos a adoração fervorosa de seus seguidores. Apesar de tentar puxar para si os fãs de Chávez, ainda não está claro se Maduro "é capaz de materializar o endosso de Chávez, que em dezembro, antes de sua última operação, pediu que seus simpatizantes votassem nele", disse Corrales.
Mas, se isso é incerto, o presidente interino tem com certeza o apoio da máquina estatal, incluindo os meios de comunicação do governo, o que gerou críticas por parte da oposição.
Oposição
Capriles recebeu cerca de 6,5 milhões de votos em outubro passado, ou 44% do total. Com um porcentual semelhante, as forças de oposição conquistaram três das 23 províncias do país nas eleições regionais de dezembro.
Com a nova eleição presidencial, a oposição terá mais uma oportunidade para tomar o poder dos chavistas, ainda que analistas acreditam que o objetivo é agora apenas voltar a medir forças com o Chavismo, obtendo um resultado bom no pleito.
Capriles ainda sofre com as consequências de erros estratégicos da oposição no passado, que permitiram que Chávez chegasse ao poder. Outro erro ocorreu em 2005, quando a oposição se recusou a participar das eleições legislativas.
Por fim, Capriles, enfrenta críticas por sua postura durante o golpe de Estado de 2002 contra Chávez, cujo aniversário coincide com as próximas eleições.
Na época, Capriles, governante de uma cidade na região de Caracas, foi acusado de não fazer o suficiente para controlar manifestantes de oposição que cercaram a embaixada cubana e realizaram um violento protesto.
Para superar esses problemas, Capriles não tem deixado de lado seu discurso conciliador, mas aposta em elevar o tom contra Maduro.