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Companhias mudam regra para voos não terem pessoa sozinha na cabine

26 mar 2015 - 18h44
(atualizado às 18h44)
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Após o acidente envolvendo um avião da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses na terça-feira, algumas companhias aéreas operando na América do Norte e na Europa vão passar a exigir a presença de dois membros da tripulação dentro da cabine durante toda a duração de um voo.

A decisão foi motivada pela suspeita de que a aeronave, que ia de Barcelona (Espanha) a Dusseldorf (Alemanha), teria sido derrubada deliberadamente pelo copiloto. Segundo autoridades francesas, dados da caixa-preta indicam que o piloto deixou a cabine cerca de 30 minutos depois da decolagem e não conseguiu retornar à posição de comando. Ainda não se sabe por que isso aconteceu.

A companhia aérea de baixo custo Easyjet, inglesa, informou que exigirá a presença de dois tripulantes na cabine de todas as suas aeronaves durante toda a duração dos voos que operar, já a partir desta sexta-feira.

A mudança ocorre depois que as empresas de avião comercial britânicas foram solicitadas a rever os procedimentos após a queda do avião da Germanwings, com 150 pessoas a bordo.

A Autoridade de Aviação Civil (CAA, na sigla em inglês) disse, por meio de um comunicado, que continuará a "monitorar a situação" na medida em que mais detalhes da investigação surgirem.

A determinação da Easyjet foi seguida pelas companhias Air Canada (Canadá) e Norwegian Air Shuttle (Noruega).

Avaliações médicas

A CAA informou também que solicitou a todos os operadores britânicos que revejam seus procedimentos.

Todos os pilotos atuando em companhias aéreas do país se submetem a avaliações médicas regulares e extensas para determinar sua capacidade para obter a permissão para voar, acrescentou a nota.

Segundo a entidade, examinadores foram solicitados a avaliar a saúde mental de pilotos comerciais a cada exame médico.

Na manhã desta quinta-feira, o promotor de Marselha (França) Brice Robin afirmou que o copiloto do avião acidentado da Germanwings, identificado como Andreas Lubitz, estava sozinho na cabine da aeronave no momento da queda.

O copiloto começou o procedimento de descida intencionalmente quando o piloto ficou trancado do lado de fora, disse ele.

Robin, citando informações obtidas por meio do registro de voz da "caixa-preta", disse que havia um "absoluto silêncio na cabine" enquanto o piloto tentava ganhar acesso ao local.

O local da tragédia, em uma região montanhosa remota, é agora cena de uma operação de resgate de grandes proporções.

O Airbus A320 atingiu uma montanha, matando todos os 144 passageiros e seis tripulantes a bordo, depois de descer por oito minutos.

A segunda caixa-preta ─ que registra os dados do voo ─ ainda não foi encontrada.

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