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Mundo

Começa votação em eleições presidenciais no Mali

28 jul 2013 - 10h31
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Os malinenses começaram a votar neste domingo nas eleições presidenciais, com forte vigilância da ONU e do exército no norte do país, num momento em que um grupo jihadista ameaçava atacar os centros eleitorais.

Cerca de 6,9 milhões de eleitores estão convocados às urnas para o primeiro turno das eleições presidenciais, nas quais se apresentam 27 candidatos, entre eles dois favoritos: Ibrahim Boubacar Keita, ex-primeiro-ministro, e Soumaila Cissé, ex-ministro das Finanças.

As eleições ocorrem seis meses após o lançamento da intervenção militar francesa para expulsar os jihadistas que ocupavam o norte e ameaçavam avançar em direção ao sul.

As eleições têm por objetivo restabelecer a ordem constitucional interrompida por um golpe de Estado ocorrido no dia 22 de março de 2012.

O golpe de Estado facilitou a conquista do norte do país, que tem fronteiras com Mauritânia, Argélia e Níger, por parte de grupos jihadistas, que inicialmente se aliaram ao Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA).

Azawad, um território árido com uma superfície equivalente às de França e Bélgica juntas, está situado ao norte do rio Níger e compreende as regiões administrativas de Kidal, Timbuctu e Gao.

Nestas cidades, que estiveram ocupadas por rebeldes tuaregues e grupos armados islamitas, capacetes azuis da ONU e militares malinenses vigiavam os centros eleitorais, constatou a AFP.

"Espero que, graças ao meu voto, meu candidato vença e pense (...) no desenvolvimento da minha região, abandonada há muito tempo", declarou Issoufou Ciccé enquanto observava um militar vigiar o local de votação.

Neste contexto, um dos grupos islamitas armados que ocuparam o norte do país, o MUYAO (Movimento para a Unicidade e a Jihad na África do Oeste), afirmou que "os centros eleitorais e outros locais de votação (...) se converterão em alvos de ataques".

Já o presidente interino do país africano, Dioncounda Traoré, que não se apresenta como candidato a estas eleições, votou em Bamaco e declarou que estas eram "as melhores eleições" organizadas no Mali desde que o país se tornou independente da França, em 1960.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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