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Mundo

Com festas proibidas por temor do Ebola, Serra Leoa tem Natal melancólico

25 dez 2014 - 19h11
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Os habitantes de Serra Leoa tiveram um Natal melancólico em suas casas nesta quinta-feira, depois que o governo proibiu as tradicionais e animadas celebrações natalinas para prevenir o contágio de Ebola no país mais atingido pela doença.

Pequenos grupos de cristãos tiveram autorização para ir às igrejas, mas as reuniões de família, as festas na praia, shows e danças que costumam marcar o feriado foram proibidos.

A polícia patrulhou as ruas das cidades e operou pontos de controle da temperatura das pessoas para identificar possíveis sinais da doença. No rádio, músicos que estariam participando dos shows ao vivo tocaram as músicas da campanha contra o Ebola.

“Queremos evitar o contato por causa dessa doença mortal. É necessário, mas não estou feliz. Normalmente, eu me divertiria muito com a minha família e amigos, mas temos que ficar em casa”, disse Kadija Kargbo, na capital Freetown.

Ela planejava assistir filmes com os filhos em vez de ir para a praia.

Num centro de tratamento da Cruz Vermelha na cidade de Kenema, no leste, um grupo de pacientes se reunia em volta de um toca-fitas e escutava músicas de Natal, contou Jestina Boyle, que trabalha junto com a Cruz Vermelha.

“Alguns estão sentados, e aqueles muito fracos podem escutar das suas camas”, disse Boyle por telefone.

O centro teve um pequeno concerto musical para os pacientes nesta semana. Uma enfermeira com o equipamento de proteção entrou na área dos pacientes e dançou, dando a mão para duas crianças. Um dos pacientes ficou de pé e também dançou, enquanto os outros observavam.

Com mais de 9 mil casos, Serra Leoa é responsável agora por cerca de metade dos casos conhecidos de Ebola no surto deste ano no oeste da África, o pior já registrado. Os países vizinhos Libéria e Guiné também foram bastante atingidos.

O presidente Ernest Bai Koroma anunciou uma nova operação para identificar doentes, num esforço para conter o contágio. Ao norte, no distrito de Port Loko, as autoridades pediram para os moradores ficarem em casa.

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