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Clinton espera mais ajuda ao Haiti durante "cúpula" filantrópica

20 set 2010 - 13h01
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O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton espera que os apelos por ajuda ao Haiti, na reunião de "cúpula" filantrópica que organizará esta semana, levem os governos a cumprir a promessa de enviar bilhões de dólares em ajuda para a reconstrução do país, devastado pelo terremoto de 12 de janeiro,

Enviado especial da ONU para o Haiti, Clinton realizará uma sessão especial sobre a recuperação do Haiti com o presidente haitiano, René Préval, e o primeiro-ministro do país, Jean-Max Bellerive, na Iniciativa Global, entidade fundada por ele.

Mais de mil pessoas, incluindo chefes de Estado como o presidente dos EUA, Barack Obama, líderes empresariais como o cofundador da Microsoft Bill Gates e celebridades vão participar do encontro em Nova York, com início marcado para terça-feira.

Levar o foco para o Haiti "poderia ajudar a viabilizar alguns dos compromissos de doação feitos por governos", disse Clinton à Reuters, em uma entrevista.

"Há uma porção de dinheiro prometido para o Haiti, mas não foi dado muito. Quase tudo foi dado durante a fase de emergência. Agora estamos entrando na reconstrução... mas precisamos que os doadores venham com o dinheiro", afirmou.

Em março, doadores internacionais prometeram mais de 5 bilhões de dólares ao Haiti num período de dois anos para ajudar a reconstruir o país depois do terremoto que matou até 300 mil pessoas, devastou a economia e a infraestrutura e deixou mais de 1 milhão de pessoas desabrigadas.

"A rapidez que teremos depende em grande medida do cumprimento dos compromissos que foram feitos", disse Clinton.

Ele espera que a reunião possa ainda resultar em compromissos de ajuda para o Paquistão lidar com as enormes inundações que destruíram terras agrícolas e víveres, desabrigaram milhões de pessoas e causaram danos estimados pelo governo em 43 bilhões de dólares.

"Eles não tiveram a resposta obtida pelo Haiti, em parte por causa da fadiga dos doadores e em parte porque existe uma preocupação de nossa parte do mundo sobre se o dinheiro poderia ser gasto com eficácia", declarou.

Alguns paquistaneses ficaram revoltados com a lenta resposta do governo e estão se voltando para entidades islâmicas, incluindo algumas ligadas aos militantes.

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