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Cientistas criam método que calcula onde surgirá o magma de vulcão em minutos

9 jun 2015 - 12h11
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Uma equipe internacional de cientistas desenvolveu uma ferramenta que estima em poucos minutos quando e onde vai acontecer a erupção do magma de um vulcão.

O sistema combina os dados das estações de GPS com um modelo matemático, o que permite obter informações sobre a atividade do vulcão em apenas 15 minutos.

Os resultados do trabalho, que foi dirigido por pesquisadores do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), foram publicados na revista "Scientific Reports".

Os pesquisadores provaram a eficácia desta ferramenta com dados da erupção do vulcão Etna (Itália) em 2008.

"Aplicamos a informação recolhida antes da erupção e vimos que nossos resultados eram consistentes com os dados reais posteriores à erupção", explica o investigador do CSIC José Fernández, do Instituto de Geociências.

Este sistema apresenta duas novidades com relação aos que são aplicados atualmente nos observatórios vulcanológicos.

Em primeiro lugar, oferece em tempo real -com apenas 15 minutos de atraso- a variação das coordenadas das estações de medição que anunciam movimentos na crosta terrestre, o que permite antecipar mais ou menos quando vai haver uma erupção.

"Outras técnicas fornecem este tipo de informação, mas necessitam de várias horas, em algumas ocasiões dias, para calcular a variação de coordenadas, enquanto este modelo é feito em questão de minutos", acrescenta Antonio G. Camacho, do mesmo instituto.

A rapidez do processo de informação está relacionada com a segunda novidade que fornece este trabalho.

"A erupção de um vulcão é uma situação de crise na qual uma tomada rápida de decisões pode influenciar na segurança da população. Este novo método pode fornecer importante informação que ajude os responsáveis da vigilância e a proteção civil nessa transição", conclui Fernández.

Neste estudo, realizado no marco de um projeto da União Europeia, também participaram pesquisadores do Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia (Itália) e do Institute of Geophysics and Tectonics da Universidade de Leeds (Reino Unido).

EFE   
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