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Mundo

Chávez condena "golpe troglodita" contra presidente de Honduras

28 jun 2009 - 12h10
(atualizado às 13h33)
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou hoje o "golpe de Estado troglodita" cometido contra seu colega de Honduras, Manuel Zelaya, e destacou que "chegou a hora do povo" e dos movimentos sociais desse país.

Honduras sofre golpe de Estado pelo Exército:

Chávez também pediu ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "que se pronuncie", já que, disse, "o império tem muito a ver" com o que acontece em Honduras.

Dirigindo-se aos militares hondurenhos, o presidente venezuelano disse para estes ignorarem as ordens da "burguesia, dos ricos", que estariam empenhados em evitar que o povo se pronuncie sobre seu futuro.

Segundo Chávez, os países da região agrupados na Aliança Bolivariana das Américas (Alba), à qual pertence Honduras, "farão tudo o que estiver ao seu alcance para restituir" o Governo constitucional do país centro-americano.

"Estamos diante de um golpe troglodita contra um povo, contra um presidente que está propondo uma consulta" que, além de tudo, "não é vinculativa (de cumprimento obrigatório)", declarou Chávez numa entrevista à rede de TV "Telesur", retransmitida simultaneamente pela estatal venezuelana "VTV".

O chefe de Estado disse que por trás do golpe "está a burguesia, os ricos", que, seguindo, as linhas imperialistas "transformaram Honduras numa base terrorista dos Estados Unidos".

Chávez destacou a "coragem" da chanceler hondurenha, Patricia Rodas, com quem, disse, vem mantendo contatos desde o começo da manhã e que agora trabalha "para fazer contatos com os movimentos populares".

O povo "está saindo às ruas" em defesa da democracia, mas "está desarmado", disse Chávez, que afirmou ter certeza de que há militares patriotas em Honduras.

O presidente venezuelano declarou que fez contatos com os outros membros da Alba, integrada por Venezuela, Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua, Honduras, Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, para coordenar ações e medidas frente à situação em Tegucigalpa.

EFE   
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