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Mundo

Chanceler argentino pede a R.Unido diálogo sem exigências sobre Malvinas

20 jun 2013 - 14h25
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O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, voltou a pedir ao governo britânico que negocie "hoje mesmo" e "sem exigências" uma solução pacífica para o longo conflito sobre a soberania das ilhas Malvinas.

"Meu país está sentado na mesa do diálogo, mas infelizmente o fim da controvérsia está ainda sequestrado em Londres", disse diante do Comitê de Descolonização da ONU.

Timerman afirmou também que seu país rejeita a exploração do petróleo nas águas do Atlântico Sul: "Não se trata de um pequeno território. (Londres) ocupa as Malvinas por causa de seu valor estratégico e para a desapropriação ilegítima de seus recursos naturais".

O ministro argentino, que pediu ao Reino Unido para cumprir com as resoluções das Nações Unidas e se sentar para negociar sobre a questão das ilhas Malvinas, lamentou que "em pleno século XXI" ainda se tenha que continuar falando de enclaves coloniais no Atlântico Sul.

"O embaixador britânico se destaca por sua ausência nesta sala como desprezo a este comitê, mas queria deixar claro a esse ausente delegado britânico minha disposição de retomar o diálogo hoje mesmo", reiterou Timerman, lamentando que seu colega britânico, William Hague, também não tenha viajado de Londres.

Assim - após lembrar que ainda permanecem sem resolver 17 casos de colonialismo no mundo, incluindo o das Malvinas - Timerman voltou a lembrar que a Argentina "não está sozinha" em suas exigências, destacando que seu país conta com o respaldo de uma grande maioria de estados, especialmente de América Latina, África e Ásia.

"O Reino Unido não tem nenhuma desculpa para continuar rejeitando o diálogo", insistiu o chefe da diplomacia argentina perante o comitê de descolonização, no qual denunciou que ao não se sentar para negociar com o Governo britânico tenta "encobrir uma presença desproporcional militar no Atlântico Sul".

Neste ponto, Timerman acusou Londres de não colaborar com as negociações do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e denunciou que "seu silêncio e ausência" evidenciam que não acata as resoluções da ONU, "se escudando em uma alegada vontade da população que o Reino Unido implantou em território argentino".

Timerman, que ressaltou que o conflito das Malvinas é uma questão de "integridade territorial e não de livre determinação", insistiu que a disputa de soberania não é só uma controvérsia bilateral, mas se trata de uma causa "regional e global" que tem que ser abordada.

"A Argentina reitera seu solene compromisso de resolver o conflito através do diálogo e pede ao Reino Unido para assumir a responsabilidade de suas ações e de seu silêncio. É certo que o apelo para uma solução pacífica algum dia será escutado e algum dia as Malvinas deixarão de ser um território colonial", sentenciou o ministro.

EFE   
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